Homenagem da deputada Laura Sito à Fepal fortalece a denúncia ao massacre de palestinos

A deputada Laura Sito  homenageou, na noite da quinta-feira (14/12), a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) com a Medalha da 56ª Legislatura da Assembleia. A cerimônia aconteceu no salão Júlio de Castilhos e contou com a presença de deputadas, deputados, vereadores e vereadoras, além de outras entidades representativas como sindicatos. A homenagem, segundo a deputada foi mais do que um reconhecimento, mas também uma forma de dar voz ao que acontece na Palestina.

A deputada mencionou que “se nós estamos sofrendo essa perseguição de sionistas que pedem a cassação dos nossos mandatos, é porque nós tivemos coragem de dizer que há em curso uma política genocida por parte do Estado de Israel.” Ela reafirmou que sua posição ao dizer que “nenhuma ação que tente nos desestabilizar, nos silenciar ou tirar o nosso espaço será possível.” Laura lembrou que este momento é um dos capítulos mais importantes da luta anticolonialista e que “há momentos da história em que só há uma coisa a ser feita, que é ter coragem.”

Recebendo a homenagem em nome da Fepal, o presidente, Ualid Rabah, agradeceu em nome do povo palestino que segue em luta contra o genocídio colonialista que se impõe no seu território. Dedicou a homenagem aos 27 mil palestinos que já foram mortos nos últimos 69 dias em Gaza, o maior e mais longevo campo de concentração do mundo. Ao mencionar o compromisso da deputada Laura Sito com a causa palestina, lembrou que ela tem sido vítima de perseguição sionista por seu apoio e pela coragem de denunciar que há um genocídio em curso e que, assim como a deputada Luciana Genro e o vereador Pedro Ruas foram ameaçados de cassação.

Em uma fala histórica e contundente, o presidente da Fepal lembrou o que ocorre em Gaza desde a ocupação do território palestino pelo Estado de Israel. Desde as condições de vida da população, até a falta de perspectiva de gerações que não conhecem outra vida além do campo de concentração onde são submetidos a viver, sem infraestrutura e acesso a recursos básicos. “Esse cárcere impediu que essas pessoas vissem outro sol, vissem outro céu, vissem outro mar, sentissem outro vento ou conhecessem outra forma de morrer.”

Ualid ainda mencionou o trabalho que a Fepal tem realizado, seja por meio de financiamento à ajuda humanitária aos palestinos em Gaza, por meio de cursos, palestras, pelo combate ao sionismo e pela difusão de informações. “Este é o papel da Fepal e, apesar das dificuldades, estamos fazendo o que é preciso.” O presidente também agradeceu a honra de representar a entidade nesta homenagem histórica. “Não temam, não pereçam, não acreditem que a Palestina não será livre. O povo palestino é invencível e nós venceremos”, finalizou.

 

 

Texto: Manu Mantovani
Foto: Thanise Melo