O vice-presidente da Comissão de Segurança e Serviços Públicos, deputado estadual Jeferson Fernandes (PT) e a deputada Sofia Cavedon oficializaram ao Ministério Público Estadual (MPE), na tarde desta segunda-feira (26), pedido de análise do que consideram incompatibilidade entre salário e gasto do atual diretor-presidente da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Roberto Correa Barbuti. No documento, a bancada do PT solicita que o órgão investigue a incoerência entre os valores do aluguel do imóvel onde Barbuti reside, que custaria R$ 33 mil/mês, e do salário líquido do diretor-presidente que, segundo o Portal da Transparência, gira em torno de R$ 19 mil. O pedido, entregue ao coordenador dos Grupos de Combate ao Crime Organizado do MPE, Dr. Ricardo Herbstrith, é o mesmo que foi feito nesta manhã ao procurador geral do Ministério Público de Contas, Geraldo Da Camino.
Sofia alertou que Corsan está em processo de privatização e que há interesse de grupos econômicos na transação. “A ideia é saber se é a Companhia quem complementa esta diferença, por que; se um terceiro paga esta diferença, com que motivação; ou se é o próprio diretor, e de que forma o faz”, detalhou a deputada.
Jeferson ressaltou que a ideia não é fazer ilações precipitadas, mas garantir transparência no processo, por tratar-se de assunto de interesse da população. “Em nome da lisura, precisamos eliminar toda e qualquer dúvida atinente à venda da Corsan. É um patrimônio importante do nosso estado que não pode ser repassado à iniciativa privada de forma nebulosa”, assinalou.
Ricardo Herbstrith disse desconhecer que já tenha havido denúncia neste sentido e tenha sido arquivada. Mas garantiu que se houver elementos, vai desarquivá-la. O pedido de investigação é subscrito pelos 8 deputados da Bancada do Partido dos Trabalhadores.
Texto: Andréa Farias (MTE 10967)