Comissão do Câncer Infantil da ALRS realiza visita técnica em Santa Maria

Comissão do Câncer Infantil da ALRS realiza visita técnica em Santa Maria
Foto Marcelo Antunes

Lançada no início de outubro, a Comissão Especial do Câncer Infantil e Adolescente (CECIA) da Assembleia Legislativa realizou mais uma visita técnica a uma unidade gaúcha de oncologia pediátrica. Tendo por objetivo conhecer as diferentes realidades, procedimentos, possíveis gargalos e demandas, desta vez o grupo, formado pelos deputados Valdeci Oliveira, Dr. Thiago e assessorias da comissão e do mandato da deputada Franciane Bayer estiveram no Centro de Tratamento da Criança com Câncer (CTCriaC) do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), nessa quinta-feira (21).

Recebidos pela chefe da unidade, Virginia Maria Coser, e pelo chefe da divisão de apoio e diagnóstico terapêutico, Itamar Riesgo, os parlamentares conheceram os serviços oferecidos pelo CTCriaC e os protocolos utilizados no Centro, que é referência no estado. “Sem dúvida é um trabalho de grande relevância não só para a região, mas que precisa, assim como outras unidades que atuam no tratamento do câncer infantil no estado, de apoio para qualificar ainda mais o atendimento prestado a população”, avaliou Valdeci. Para o parlamentar, entre as medidas, nesse sentido, estaria a abertura dos leitos Hospital Regional, pronto há três anos, mas que até o momento não iniciou suas atividades de média e alta complexidade. A posição é a mesma do doutor Itamar Riesgo. ” O que acontece hoje é que tudo acaba caindo no HUSM. Com os leitos do Regional abertos, a superlotação quase que permanente do Universitário vai deixar de existir, melhorando a condição de atendimento em todas as áreas”, complementou Valdeci.

Segundo os relatos feitos na visita, dentre os problemas enfrentados hoje pelo Centro, também estão a burocracia para a efetivação dos encaminhamentos de pacientes, em que mais de 30% são feitos pelos municípios, atraso em diagnósticos, entraves na rede de assistência, pouca aproximação da atenção básica – que é a “porta de entrada” – com o Hospital (o que é considerado fundamental no tratamento oncológico) e logística na continuidade de tratamentos. “”A urgência é fundamental. A demora resulta em tragédia. Quem tem leucemia aguda não pode esperar”, ressaltou a doutora Virginia Coser.

Por solicitação de Valdeci, o corpo técnico do CTCriaC irá elaborar um documento listando os entraves que precisam ser enfrentados, além de sugestões que podem ser utilizadas para o aprimoramento do fluxo de comunicações e informações entre os vários entes que operam o sistema público de saúde. A partir disso, avalia Valdeci, se buscará, tanto por meio da Comissão de Saúde da Assembleia como pela Comissão Especial do Câncer Infantil e Adolescente, viabilizar o apoio às demandas. “O que vimos hoje aqui é que o Hospital Universitário de Santa Maria, pelo trabalho que vem realizando, merece, por parte de toda a sociedade, uma homenagem por dia. Assim como o HUSM vem fazendo a parte dele, os agentes públicos precisam cumprir com a sua responsabilidade”, pontuou.

Também foram visitadas diversas alas do CTCriaC, entre elas a de internação, exames, tratamento, brinquedoteca, acolhimento e refeitório, cujas refeições para os pequenos pacientes e seus familiares são subsidiadas. .  O Centro possui 18 leitos, recebem em média 200 novos pacientes por ano e é autossuficiente na realização de exames.

Texto: Marcelo Antunes (MTE 8.511)