O deputado Zé Nunes utilizou uma declaração de liderança da bancada do PT, na sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (30), para falar das moções que tem recebido das câmaras de vereadores. Os documentos falam sobre a preocupação com o comprometimento do ano letivo, caso o governador Eduardo Leite encaminhe para a Assembleia Legislativa o pacote alterando o plano de carreira dos servidores públicos. Em especial, o deputado fez a leitura na íntegra da moção aprovada por 17 vereadores de Santana do Livramento.
De acordo com o documento, os vereadores e comunidades escolares estão preocupados com a possível aprovação de 117 regras de mudança no plano de carreira. “O aceno à mercantilização do direito à escola, a degradação das condições laborais com a proliferação do trabalho precarizado, o reducionismo do papel e do alcance das instituições de ensino, somam-se ao quadro deletério e potencialmente destrutivo”, afirma a carta.
No RS, segundo Zé Nunes, o estado que paga o pior salário ao magistério a situação é temerária, com cinco anos de salários congelados e o parcelamento. “O governador Eduardo Leite refaz os passos de modelos anteriormente fracassados. Anuncia a modificação do plano de carreira, retirando incentivos ao ingresso, permanência e evolução na rede pública de ensino, indica adoção da meritocracia competitiva e excludente como padrão de avaliação profissional”.
Para o parlamentar, a manifestação dos vereadores de Santana do Livramento, é um exemplo de que a sociedade gaúcha está atenta e a população descontente com o que está fazendo o governo do RS que ainda não apresentou um plano estadual para desenvolver o estado do Rio Grande do Sul que dialogue com os potenciais e limites da economia gaúcha. “É um governo de passagem, que se propõe apenas a vender os ativos da casa, a vender os móveis da casa, o fogão, a cama e a geladeira e se propõe a limitar o serviços público, implantando um modelo neoliberal fundamentalista que não dei certo em lugar algum do mundo. Leite é réplica do Bolsonaro”.
Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)