Deputado Pepe Vargas defende a valorização do salário mínimo

Raquel Wunsch

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Bancada Estadual
Crédito Joaquim Moura

“A riqueza socialmente produzida em qualquer sociedade depende de meios de produção e, portanto de capital para aquisição, entretanto eles sozinhos não geram riqueza. É o trabalho que traz a produção e a sua venda é o efetivamente gera a riqueza”. A afirmação foi feita pelo deputado estadual Pepe Vargas (PT) que falou em nome da bancada do PT nesta quarta-feira (24) durante a sessão solene alusiva ao Dia Internacional dos Trabalhadores, na Assembleia Legislativa .

Pepe frisou que se a riqueza é socialmente produzida pelo trabalho – é importante neste dia reconhecer o trabalho a dedicação -, o esforço da classe trabalhadora brasileira e gaúcha na produção das riquezas do estado e do país. “Riqueza essa que lamentavelmente mal distribuída, concentrada nas mãos de poucos. E aqueles que efetivamente produzem a riqueza, pouco ficam com ela”. Um dos grandes problemas do Brasil é que é um dos países que mais concentram renda.

Segundo o deputado, uma pequena parcela da população detém a maior parte da riqueza produzida, enquanto que a ampla maioria da população detém um pouco da riqueza. Apesar de ser a que mais trabalha para produzi-la. “A primeira reflexão que colocamos neste dia é a necessidade do Brasil retomar um caminho de desenvolvimento econômico e social com distribuição e renda e de riquezas. Hoje temos 13 milhões de desempregados no país. Isso significa que estão privadas de trabalhar e de ter renda. Ainda conforme o parlamentar 62% da população tem medo de perder emprego. “É lamentável que assistamos nos dias atuais o desmantelamento da política de valorização do salário mínimo que havia sido conquistada nos governos Lula e Dilma, quando o salário mínimo cresceu 77% acima da inflação, e que o governo Bolsonaro não reedita e ainda reduz em 8 reais o salário mínimo”.

Pepe lembrou também que o salário mínimo regional no Rio Grande do Sul nem a inflação está sendo repassada e por isso a bancada está apresentando emenda para que o piso regional seja reajustado pelo menos pelo mesmo índice do mínimo nacional. “A principal política de distribuição de renda no Brasil é a de valorização do salário mínimo, pois quando ele aumenta, os demais salários também aumentam e os sindicatos conseguem negociar pisos salariais levemente acima do salário mínimo”. Contudo, advertiu, a partir do governo Temer e continuado no governo Bolsonaro, a massa salarial começou a cair e continuará caindo e consequentemente não haverá recuperação econômica efetiva porque o consumo das famílias cai. “No dia que fazemos a homenagem ao trabalho, temos que refletir porque para o mundo do trabalho ter garantia dos seus direitos é preciso aumentar os salários e garantir direitos trabalhistas que estão sendo negados por uma reforma que precariza o trabalho”.

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)

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