segunda-feira, 25 novembro

Esse é o caso da EEEB Neusa Mari Pacheco – Ciep de Canela, uma das maiores escolas públicas do Rio Grande do Sul em estrutura física, com 7 mil metros quadrados, e hoje conta apenas com duas funcionárias para limpeza e organização da instituição, que atende diariamente 1.110 alunos, sendo 890 em tempo integral. A informação é da deputada Sofia Cavedon, presidente da Comissão de Educação da ALRS, que visitou no sábado, 25, a escola junto com o Márcio Gallas Boelter, ex-Diretor da escola, Vice-diretor do Ensino Médio Noturno, professor e pai de dois alunos do Canelinha.

Conforme Sofia, enquanto o Governo Leite não provê  recursos humanos e infraestrutura em muitas escolas, ainda assim, manda pacote de Projetos de Lei que responsabiliza as direções e professores pelo resultado da educação. “Estamos quase no final do ano e a escola continua sem o número adequado de funcionárias para a limpeza e agora ainda necessitam de mais uma merendeira, pois são 800 almoços por dia além de lanches que contabilizam mais de 2500 refeições por dia”, diz a parlamentar.

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc/RS) não libera a contratação  desse serviço que é essencial, pois a limpeza e a higiene fazem parte dos processos de ensino, socialização e motivação para comunidade estar na escola. Essa é a prioridade de Leite, a Educação midiática e desumana”, reafirma a deputada lembrando que a Neusa Mari Pacheco tem 110 anos de história e 30 anos de tempo integral, sendo uma das pioneiras e referência para o Estado e País e também conhecida por oferecer natação aos alunos em piscina térmica semiolímpica.

Segundo  Márcio Boelter a escola corre o risco de suspender a atividade na piscina, caso não haja intervenção do Estado. “Nossas duas funcionárias estão esgotadas e sacrificadas e não nos restará alternativa caso a Seduc não tome providências urgentes. Márcio disse ainda que o Conselho de Pais e Mestres (CPM) atende as emergências, no entanto é inviável solucionar todos os problemas com a mão de obra escassa, sendo que o Estado deveria suprir essa necessidade. “A Secretaria Estadual de Educação não agiliza os processos de contratação de novos funcionários e não cria mecanismos para resolver a problemática, nem mesmo funcionárias terceirizadas a escola teve direito e não sabemos o motivo”, informa o vice-diretor ressaltando que há dez anos a direção solicita um porteiro, que ainda não chegou. Outra necessidade da escola é preencher a vaga de professor de Artes.
Texto: Marta Resing – 5405
Foto: Hiashine Florentino
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