Com dois anos de atraso, Leite amplia prazo para cadastramento do auxílio emergencial gaúcho

Com dois anos de atraso, Leite amplia prazo para cadastramento do auxílio emergencial gaúcho
Foto Debora Beina

 

Com uma baixa adesão, o governo de Eduardo Leite obrigou-se a prorrogar o prazo para inscrições na terceira etapa do Auxílio Emergencial Gaúcho, que seria encerrado na última segunda-feira, dia 10. Com dois anos de atraso, o programa teve baixíssima procura. Agora será possível fazer o registro até o dia 25. A previsão é atender 59 mil Microempreendedor Individual (MEI) e 18 mil desempregados, que ficaram dois anos aguardando uma posição do Governo do Estado.

O anúncio feito pelo governo em 2021, era de que o Auxilio Emergencial Gaúcho usaria 107 milhões de reais. Até o início do ano, nem 10% do valor havia sido executado, pois foram atendidos números muito abaixo do que o governo tinha proposto. Para se ter uma ideia, das 8.200 mães solo, somente 695 foram efetivamente atendidas e das 19.458 empresas do simples gaúcho, nem 6 mil receberam. “Apesar de termos encaminhado projeto de lei indicando fonte de recursos existentes para o benefício de cerca de 400 mil famílias, infelizmente estamos acompanhando um pífio programa de renda emergencial, que já nasceu bem aquém das necessidades do estado e na sua execução mostrou completa ineficiência”, avalia o deputado Valdeci Oliveira (PT)”, avalia o deputado Valdeci Oliveira (PT).

Em anúncio feito no dia 28 de fevereiro, o governo leite afirmou que usaria recursos previstos no orçamento de 2023 na ordem de R$ 61,5 milhões, o que beneficiará 76,9 mil estabelecimentos e profissionais formais desempregados. Esta etapa previa o pagamento de R$ 800,00, em parcela única, para microempreendedores individuais (MEI) e trabalhadores formais desempregados dos setores de alojamento, alimentação e eventos.

As inscrições no programa começaram em 10 de março e, conforme a Procergs, até segunda-feira (10), foram contabilizados 11.614 registros, sendo 4.346 referentes a microempreendedores individuais (MEI) e 7.268 a trabalhadores formais desligados. A projeção dos dois públicos, no entanto, é de 58.410 e 18.530 pessoas, respectivamente. “Além do baixo número de pessoas atendidas, ainda houve um atraso absurdo de mais de dois anos. O processo burocrático é muito grande e afasta quem mais precisa”, conclui Valdeci.

 

 

O QUE É:

A Lei 15.604, que instituiu o Auxílio Emergencial Gaúcho, foi aprovado na Assembleia Legislativa no dia 6 de abril de 2021. Governo anunciou R$107 milhões, recebeu inclusive recursos da Assembleia Legislativa e executou, R$12,5 milhões, o que significa menos de 10%.  A Lei foi proposta pelo Executivo, para atender os setores mais afetados pelas restrições de circulação impostas pelo coronavírus: alojamento, alimentação e eventos, além do grupo das mulheres chefes de família extremamente pobres, que tenham ao menos 3 filhos e pelo menos 5 pessoas na família.

A previsão é o repasse de R$ 107 milhões na forma de subsídio a cerca de 104,5 mil beneficiários. Em 2021, da previsão de 8.100 mães-solo, somente 695 receberam; das 19.458 empresas do simples gaúcho, nem 6 mil receberam.

 

Texto: Claiton Stumpf – MTb 9747