sexta-feira, 22 novembro
Foto Joaquim Moura

Um acordo construído entre líderes da oposição e do governo garantiu a aprovação de um reajuste de 10,6% no piso salarial gaúcho na manhã desta terça-feira (20) na Assembleia Legislativa. As centrais sindicais reivindicavam 15,58%, índice que representa as perdas inflacionárias desde 2019. O governo, entretanto, havia protocolado um projeto com apenas 7,7% de reajuste.

O vice-líder da bancada do PT, Luiz Fernando Mainardi, um dos protagonistas do acordo, disse que se chegou a um ponto médio. “O governo Leite/Ranolfo acumulou, ao longo dos anos, prejuízos para os trabalhadores gaúchos. Se considerar a inflação de 2022, o governo deve 15,58% para os salários dos que menos ganham no estado. Mas o acordo que fizemos garante, pelo menos, a reposição da inflação de 2021, o que já é uma vitória se consideramos o período”, explica.

O acordo foi comemorado, também, pelos representantes das centrais sindicais, que lotaram o plenário para pressionar a base do governo. O projeto, fruto do acordo entre oposição e governo, recebeu 48 votos favoráveis e apenas 3 contrários. A partir da promulgação, o menor salário que pode ser praticado no RS, relativo à primeira faixa, passa a ser de R$ 1.443,94.

A próxima data-base para que o Executivo encaminhe projeto de reajuste do mínimo gaúcho é em fevereiro de 2023. “Lá, vamos voltar à carga”, diz Mainardi. “O governo ainda deve quase 5% de inflações passadas e haverá toda a inflação de 2022 para repor. Com pressão e diálogo vamos avançando”, concluiu.

Texto: João Ferrer (MTE 8078)

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