sexta-feira, 22 novembro
Marcelo Bertani

Ainda esta semana os jornais noticiaram que o Gov. Leite prepara nova reforma tributária para compensar perdas com fim das alíquotas majoradas de ICMS e que a proposta será enviada à Assembleia Legislativa prevendo alterações em ITCD e IPVA.

Hoje, a manchete é sobre o plano de concessão de rodovias, que prevê 22 praças de pedágio num raio de 1.131 quilômetros.

Quem vai pagar essa conta?

Por obvio, o setor produtivo, os trabalhadores e trabalhadoras e, pasmem, aqueles que não têm veículos também pagam pedágio.

Pois, quem paga pedágio para transportar mercadoria repassa o preço para os produtos e, ao fim, quem não tem automóvel acaba ajudando a pagar a conta dos que têm e circulam nas rodovias.

Diante de mais esse absurdo, estamos articulando, junto com lideranças dos setores produtivos da Região Metropolitana, um movimento para fazer frente a mais esse contrassenso do Governador Leite.

Estamos articulando lideranças  políticas  e dos movimentos  sociais, em apoio ao Movimento  ERS 118 Sem Pedágio, já organizado pelo setor produtivo dos vales  dos Sinos e do Gravataí para  fazer frente ao padagiamento das rodovias estaduais.

Os municípios de Alvorada e Viamão são  historicamente os mais atrasados em seu desenvolvimento econômico, na perspectiva  de praças  de pedágios, será  uma pá  de cal nos dois menores PIBs do RS.

Lembrando também que o dinheiro arrecadado com o pagamento do IPVA, uma parte vai para os municípios e a outra parte para o governo estadual, investir justamente na manutenção e melhoria das nossas estradas.

Em outras palavras, os pedágios nos moldes que já tivemos aqui no Estado, e que provavelmente será o mesmo modelo adotado pelo governo Leite, funcionará  para transferir renda dos mais pobres para os mais ricos.

Stela Farias, ex-deputada estadual pelo RS

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