sábado, 09 novembro

Fernando Marroni (PT) reuniu-se com representante do Instituto Atlas Biosocial, que cuida de pessoas com doenças crônicas, graves e raras. 

Reprodução

O deputado Fernando Marroni (PT) reuniu-se na manhã desta quarta-feira com a pesquisadora  do Instituto Atlas Biosocial, Cristina Cagliari. O tema do encontro foi a ampliação do “teste do pezinho” no Rio Grande do Sul, operação que tem como objetivo detectar de forma precoce um maior número de doenças crônicas, graves e raras. Atualmente o teste realizado via Sistema Único de Saúde (SUS) identifica seis enfermidades.

De acordo com a pesquisadora, uma das formas de diminuir a demora e dificuldade que os pacientes encontram no diagnóstico exato de doenças raras é ampliar o teste de triagem neonatal aos recém-nascidos no estado. Para tanto, o instituto busca a implementação da lei número 15.470 de 2020, de autoria do deputado Valdeci Oliveira (PT), que aumentou de seis para 11 o grupo de patologias detectadas através do exame.

A efetivação da legislação, no entanto, requer investimento e estruturação do serviço através do Poder Executivo. “O aparelho  que realiza o teste custa  cerca de R$ 1.5 milhão. Dois aparelhos seriam suficientes para detectar mais de 30 doenças e atender todo o Estado”, afirmou Cristina.

Para Fernando Marroni, trata-se de um investimento importante para a saúde da população e com potencial de diminuir o custo com tratamento a longo prazo. “Acredito que o Rio Grande do Sul possa ser protagonista nessa política pública que é de grande relevância para o nosso sistema de saúde. A lei precisa ser implementada”, opinou o parlamentar, que deve encaminhar o tema junto à Secretaria de Saúde. “Vamos fazer o esforço para buscar o recurso necessário”, concluiu.

Como funciona o teste

Obrigatório no Brasil desde 1992, o teste do pezinho permite a detecção, tratamento e a diminuição ou eliminação das sequelas associadas a várias doenças. O procedimento é quase indolor e pode salvar vidas. Através da gota de sangue coletada do calcanhar do bebê, o SUS pode identificar seis patologias: fenilcetonúria; hipotireoidismo congênito; doenças falciformes e outras hemoglobinopatias; fibrose cística; hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.

No Rio Grande do Sul, é realizado nos municípios e encaminhado ao Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, em Porto Alegre, onde é feita a análise. Existem versões ampliadas do exame capazes de detectar até 53 enfermidades, disponíveis hoje somente na rede privada.

Texto: Laura Marques (MTE 19959)

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