domingo, 24 novembro
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A confirmação foi feita por representantes da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, que participaram nesta sexta-feira (26) de mais uma reunião da comissão de Representação Externa de Acompanhamento do Processo de Imunização contra a Covid-19.

Ronaldo Pires, Diretor de Assuntos Governamentais; Cynthia Diaferia, Diretora de Assuntos Estratégicos; e, Daniel Durand, Diretor de Acesso ao Mercado, afirmaram que, diante do compromisso assumido junto ao Ministério da Saúde, os municípios e estados não poderão comprar diretamente neste momento. A negociação e comercialização será centralizada no Governo Federal em função do contrato assinado, cumprindo assim o Plano Nacional de Imunizações (PNI). Segundo eles, não há sobras nem margem da companhia para negociar fora deste contexto.
Eles ressaltaram a solicitação feita à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), nesta quarta-feira (24), para o uso emergencial do seu imunizante no país. Apesar de ainda não ter seu uso aprovado no Brasil, a vacina da farmacêutica aparece no PNI do Ministério da Saúde.

De acordo com os representantes da farmacêutica, 38 milhões de doses do imunizante devem ser entregues até o final do ano, imunizando assim 38 milhões de pessoas em 2021, já que a vacina da Janssen é de dose única e tem 85% de eficácia. Eles não divulgaram para os deputados da comissão quantas doses devem ser entregues por mês, mas garantem que depois de cumprir esta fase, podem sim, diante do que for produzido, fornecer a estados e municípios, “ a nossa disposição é de acelerar a produção e atender o contratado com o Governo Federal, e depois podemos formalizar contratos futuros com estados e municípios. ”, destacou a diretora Cyntia Diaferia.

O diretor de assuntos Governamentais, Ronaldo Pires, disse que neste momento a empresa também tem outra preocupação. Os falsos representantes que fazem contatos com municípios oferecendo contratos e vacinas, “ não reconhecemos estas pessoas, nem sabemos quem são, nunca autorizamos este tipo de contrato. Eles se apresentam com planejamentos ilegítimos, se fazem parecer reais, mas não são. Por isso peço ajuda a esta comissão para que alertem os prefeitos que, a Janssen, assim como outras farmacêuticas, não entra e contato com prefeituras. Se por acaso algum prefeito for procurado, denunciem, se possível, e desconsiderem. Sabemos que isso vem acontecendo em todo o País”.

Ao final o coordenador da comissão, Deputado Pepe Vargas, se comprometeu em divulgar este alerta, “ as pessoas já estão sofrendo à espera da vacina, precisamos divulgar para que nenhum prefeito, bem-intencionado, seja prejudicado por contratos fantasmas, ou até a possibilidade de falsos imunizantes, a população e a saúde não podem ter mais este prejuízo.”

Pepe destacou ainda o esforço das farmacêuticas em produzir imunizantes de forma rápida e com eficácia, “ sabemos que não houve um planejamento adequado por parte do Governo Federal, que o MS não soube organizar e enfrentar a pandemia como deveria ter feito, mas saudamos que isto esteja acontecendo agora. Os trabalhos da comissão devem terminar nos próximos dias com a apresentação e aprovação do relatório final que será entregue ao Governo do Estado, apontando caminhos para agilizar a vacinação no RS.

Texto: Vânia Lain (MTE 9902)

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