segunda-feira, 25 novembro

 

A bancada do PT participou de forma virtual, na tarde desta terça-feira (2), do ato de oficialização do esforço do pleito pelas vacinas aos professores. Realizada de forma híbrida a cerimônia reuniu o governador Eduardo Leite (PSDB), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza (MDB), a presidente do Sindicato dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), professora Helenir Aguiar Schürer e entidades em defesa da inclusão dos professores no grupo prioritário da vacinação contra a Covid-19. Durante a cerimônia foi formalizado o envio de um ofício ao Ministério da Saúde pedindo a autorização que as doses de vacinas recebidas no Estado possam ser aplicadas em profissionais da educação.

A garantia de vacinação é uma exigência do Cpers para a retomada das atividades presenciais. A presidente da entidade, Helenir, reforçou que o pleito é para que não apenas os professores, mas funcionários de escolas também sejam imunizados. “Temos medo de nos contaminar. Todos os dias temos recebido notícias de mortes de companheiros e isso nos deixa preocupados”, argumentou, lembrando que com muito esforço a comunidade escolar conseguiu levar ao final o ano letivo de 2020. “Queremos voltar a normalidade o mais rápido possível, mas enquanto não houver segurança, queremos que as aulas voltem remotamente, pois estamos vendo cada vez mais casos e se as aulas voltarem presencialmente teremos um aumento significativo na circulação e consequentemente da contaminação de pessoas”.

A deputada Sofia Cavedon, que é autora do PL 022/2021, que estabelece os professores entre prioridades na vacinação, questionou quantas doses efetivamente virão para o Rio Grande do Sul. O governador salientou que a preocupação da deputada Sofia Cavedon com a saúde dos professores é pertinente e explicou que, via de regra, o RS recebe 6% do lote de vacinas adquirido pelo governo federal, pois este é o percentual que representa a população gaúcha. “Com isso, o Estado deve receber em março de 2,3 milhões a 2,4 milhões de doses. Se vierem já será dobro de tudo que recebemos até agora”.

Para Leite “parar as atividades é uma alternativa para paralisar o vírus, por isso a luta pela vacina deve ser de todos”. Leite lembrou que o Programa Nacional de Imunização (PNI) é responsável pela vacinação dos brasileiros há mais de 50 anos e por isso deveria ser responsável pela vacinação para conter a pandemia, mas o governo federal tem um posicionamento que gera tensionamento e confusão. “O presidente fala uma coisa, mas não confirma a negociação com os laboratórios. É nesse sentido que não podemos simplesmente confiar na negociação por parte do Ministério da Saúde e começamos a fazer a negociação”, disse Leite referindo-se ao desencontro de informações divulgadas pelo governo e o que está sendo contratado pelo Ministério da Saúde. A expectativa do governo do Estado é de que 39 milhões de doses sejam adquirida pelo Ministério da saúde em março, 52 milhões em abril, 45 milhões maio e 33 milhões em junho, o que permitiria iniciar a vacinação de idosos acima de 60 anos ainda em março.

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)

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