Litoral Norte constitui um Fórum em defesa da Educação

Litoral Norte constitui um Fórum em defesa da Educação
Reunião Litoral Norte – Foto Marta Resing

Constituição de um Fórum em defesa da Educação do Litoral Norte com o lançamento de um manifesto e realização de audiência pública na região promovida pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, presidida pela deputada Sofia Cavedon (PT), também proponente das iniciativas, foram deliberados em reunião virtual realizada na quinta-feira (11).

Na pauta do encontro a volta às aulas sem imunização dos trabalhadores em educação que contou com a participação do Sindicato dos Professores de Capão da Canoa e Xangri-Lá, com o 13º Núcleo do CPERS, além de representações de professores de Arroio do Sal e Osório.

A deputada Sofia salientou que o Brasil tem estrutura para vacinar um milhão de pessoas por dia, mas como foi um dos últimos países a comprar vacinas, o país sequer tem doses suficientes para imunizar o grupo prioritário da primeira fase. “E incluir os trabalhadores nesse grupo é imprescindível para o retorno às aulas presenciais”, destaca a parlamentar que protocolou o projeto de lei 22/2021 determinando, em caráter excepcional e extraordinário, prioridade de vacinação contra a Covid-19 (Novo Coronavírus) aos(às) servidores(as) públicos(as) e trabalhadores(as) da Educação no Rio Grande do Sul.

A ideia de instalar um Fórum em defesa da educação do litoral Norte foi apoiada e já está sendo redigido o manifesto que destaca os temas vacina para a educação, cumprimento dos Planos Municipais e Estadual, Democracia: eleição das equipes diretivas, alimentação escolar para os alunos, volta às aulas com segurança para todos e todas.

Sofia também protocolou na Assembleia Legislativa a proposta de criação de uma Comissão Especial para acompanhar e discutir o Plano Estadual de Educação – PEE e sua aplicação no estado.

A professora Maria Cristina Ramires afirmou que a situação de Capão da Canoa e de Xangri-Lá é terrível. O governo já determinou o retorno, mas não encaminhou nenhum documento para as escolas. Os professores não são informados de nada. Totalmente desconsiderados. Em Capão da Canoa, todos os dias, são registrados 40 novos casos de contaminação por coronavírus. A pandemia não diminuiu. A única notícia que temos é que a Ulbra vai ter o controle da SME. No dia 18 será realizada formação de professores. Como a Ulbra pode fazer a gestão da educação pública?

Marli Aparecida de Souza, diretora do 13º Núcleo do CPERS enfatizou que o litoral está sofrendo um forte ataque à educação: municipalização de escolas, fechamento de EJA, mais de seis anos sem reposição salarial. “Estamos pagando para trabalhar. Tivemos várias mortes de professores e funcionários no litoral e se voltarmos sem a vacina, teremos mais mortes”, disse Marli. Outro problema citado pelo Cpers foi a terceirização, “os funcionários trabalham e não recebem”, salientou.

Texto: Marta Resing (MTE 5405)