A Frente Parlamentar em Defesa do Fumicultor realizou reunião nesta sexta-feira (4), com a participação de entidades representativas dos agricultores, para discutir os preços da safra 2021, na comercialização do tabaco. Para o presidente da Frente, deputado Zé Nunes (PT), é preciso tratar o aspecto social e econômico da cadeia, considerando o fumicultor. Na safra 2019 – 2020, os preços praticados foram escorchantes, um dos piores da historia. O aumento do dólar repercutiu nos insumos, e o produto teve seu valor reduzido à metade.
Ficou encaminhado que a Frente enviará ofício pedindo participação nas reuniões do Foniagro juntamente com entidades representativas de agricultores e indústrias, e envolverá demais deputados no debate e realizará reunião com demais deputados para nivelar ações.
O fumo está presente em 220 municípios gaúchos, e é cultivado por 75mil famílias. No ano da pandemia, se registrou um dos piores momentos de comercialização da safra. “Temos tratado esse assunto, buscando uma melhor condição aos produtores. O fumicultor é quem faz a tarefa mais difícil: a produção do fumo. Por isso precisa ser respeitado e considerado na hora da venda”, declarou.
Segundo a Lei n° 13.288/2016, o Fórum Nacional de Integração (Foniagro) deve estabelecer metodologia de cálculo sobre o valor de referência para a remuneração do produtor integrado, em discussão na cadeia produtiva com os representantes dos fumicultores e empresas. Nesse sentido, a Frente Parlamentar buscará acompanhar essa discussão para que a comercialização seja justa ao produtor de tabaco, considerando os custos de produção atuais.
Participaram da reunião o deputado Elton Weber (PSB), representação da Foniagro, AFUBRA, FETAG/ RS, FETRAF, AMPROTABACO, FARSUL e FETRAF/RS.
Texto: Marcela Santos (MTE 11679)