A preocupação de agricultores e agricultoras da cidade de Frederico Westphalen, que decretou situação de emergência devido a falta de chuvas na cidade no último dia 29 de outubro, foi pauta de matéria do jornal Correio do Povo, nesta quarta-feira (04). O tema volta a acender alerta nos parlamentares, que muito dialogaram com os atingidos de forte estiagem no início deste ano.
Na região de Frederico Westphalen houve baixas precipitações nos últimos dois meses o que provocou redução drástica do nível dos rios, fontes e poços artesianos. Segundo o Corpo de Bombeiros em setembro foram registrados 92 milímetros e em outubro 41 mm o que está muito abaixo da média histórica destes meses, que é de 160 mm.
Para a bancada petista a inércia do governo de Eduardo Leite agrava ainda uma situação que já era desesperadora para os agricultores gaúchos. “Vemos que o governo do Estado está totalmente paralisado e sem ações concretas que cheguem no interior. É óbvio que estamos num momento de crise, mas o que é urgência tem que ter prioridade, e sugestões de medidas não faltaram por parte da bancada do PT” afirmou Edegar Pretto.
O deputado Zé Nunes, afirma que o RS é o Estado que enfrenta os efeitos de dois sinistros ao mesmo tempo: do Coronavírus e da estiagem, com consequências sociais e econômicas dramáticas. “Já havíamos alertado que as duas pautas deveriam ser tratadas da mesma forma para protegermos os gaúchos e as gaúchas do campo e da cidade. Precisamos agir articuladamente e unidos pelo RS neste momento tão difícil”, defendeu.
Entre os encaminhamentos enviados ao Governo de Eduardo Leite, ainda no início de 2020 e que se referia a safra 2019/2020, estava a urgente criação de um Comitê no centro do governo que tratasse da estiagem. Praticamente nenhuma das sugestões foram atendidas enquanto outra estiagem se desenha, safra 2020/2021, com uma crise que perdura e piora por conta do não atendimento das pautas dos movimentos sociais.
Texto: Raquel Wunsch (MTE 12867)