A relação faz parte do levantamento que a presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, deputada Sofia Cavedon (PT), está elaborando a partir das visitas que tem realizado às escolas municipais. Nesta quarta-feira (21), Sofia esteve na EMEI da Vila Nova São Carlos e EMEF São Pedro, localizadas na Lomba do Pinheiro; na Escola de Educação Infantil Recanto dos Pequeninos, Ponta Grossa; e na EMEF Chapéu do Sol, zona Sul.
O preocupante das manifestações, enfatiza a deputada, é que a maioria ainda não têm condições sanitárias de permanecerem abertas em plena pandemia. “As direções estão cumprindo a ordem do executivo estadual e municipal, mas pais, mães e responsáveis estão sendo prudentes e não estão levando seus filhos para as escolas”, destaca Sofia.
EMEF São Pedro – Lomba do Pinheiro – Com 1.253 alunos matriculados, a nova direção da São Pedro não abriu, pois os trâmites legais ainda estão em andamento e isso impede o uso dos recursos que já estão no orçamento da escola. No momento não possuem álcool gel; portas não funcionam; ainda está sem sinalização. Só tem um único acesso de saída e entrada; a geladeira está estragada; a sala dos professores é pequena.
No RH está com 11 professores a menos de português, geografia, ciências, língua estrangeira e matemática, desde antes da pandemia”, alerta Sofia. Não tem estagiário de informática e nem de inclusão; a sala de informática tem muitos problemas, não tem responsável pelo laboratório e não receberam crome books e tablets; faltam funcionários de limpeza e as trabalhadoras terceirizadas que estão na escola ainda não receberam os 30% do seu salário de agosto; 40% das funcionárias do refeitório são do grupo de risco.
Sofia observa ainda que os professores estão sem orientações de como farão o ensino presencial conjugado com o remoto. Para cumprir o distanciamento no máximo nove alunos poderão frequentar as salas de aula, informa a deputada.
EMEI da Vila Nova São Carlos – Lomba do Pinheiro – Retirar uma colméia de abelhas. Esse simples processo tornou-se complexo para a direção que depende da autorização da Smed que não consegue encaminhar a solução. “Mesmo atendendo somente duas crianças, o risco de uma delas de ser picada é enorme e casos já ocorreram entre os trabalhadores da escola”, ressalta a parlamentar.
Outro problema que a escola enfrenta é a disponibilização de apenas um vaso sanitário para os adultos, pois o segundo está interditado em função das raízes de uma árvore que obstruíram os canos. A escola tem 122 alunos e não possui sala para o isolamento; conta apenas com duas funcionárias na limpeza e uma delas com idade superior a 60 anos. Estão sem estagiários e sem profissional da nutrição. A escola teve que fechar um berçário para atender o jardim.
Mesmo com todas essas dificuldades enfrentadas na escola, diz Sofia, a direção está sendo ameaçada de sindicância pela Smed.
Escola de Educação Infantil Recanto dos Pequeninos – Ponta Grossa – Conveniada com a Prefeitura, a coordenação informou que todas as providências de segurança sanitária foram tomadas, mas poucas são as crianças que estão na escola. A falta de calçamento e o alagamento em dias de chuva, pois não existe drenagem, é o problema que a coordenação considera maior.
EMEF Chapéu do Sol, zona Sul – Na escola, que está com duas crianças frequentando, uma funcionária encontra-se com suspeita de contaminação por Covid-19 e o resultado do teste só sai na próxima semana; Conta somente com uma cozinheira no refeitório, não tendo como oferecer alimentação.