Sindimetrô/RS entrega denúncia de privatização da Trensurb ao Ministério Público de Contas

Sindimetrô/RS entrega denúncia de privatização da Trensurb ao Ministério Público de Contas

Foto: Reprodução

 

Representantes do Sindicato dos Metroviários do RS – Sindimetrô/RS – e da Comissão de Segurança e Serviços Públicos do Legislativo (CSSP) reuniram-se no final da tarde desta quarta-feira (21/10) com o Procurador Geral do Ministério Público de Contas (MPC), Dr. Geraldo Da Camino. O encontro, que ocorreu por meio virtual, foi articulado pela CSSP para que sindicalistas do setor fizessem a denúncia formal ao órgão da possível privatização da empresa.

Segundo o presidente da Comissão, deputado Jeferson Fernandes (PT), a ideia era garantir que o MPC ouvisse os sindicalistas e recebesse informações sobre o que consideram um processo “velado” de preparação da Trensurb para a venda à iniciativa privada, sem o aval do Legislativo, do Tribunal de Contas, da Justiça, etc. “Como na maioria das privatizações que ocorreram no RS, as condições foram sendo construídas de forma pouco transparente para os cidadãos, mas muito evidente para os servidores no dia a dia da gestão da empresa. Por isso, estas denúncias, em tempo hábil, são importantes. E podem poupar prejuízos ao erário público”, destacou.

Representando os ex-presidentes do Sindicato, Édson Carlos Ferreira dos Santos e Francisco Vicente entregaram uma carta ao Procurador Geral contendo a denúncia formal, expondo a posição contrária do Sindimetrô a qualquer forma de privatização da empresa e solicitando acompanhamento criterioso do MPC ao processo de privatização, quando este vier ao Estado. O documento, assinado pelo representante sindical, Gilvane de Oliveira, cita o exemplo do Rio de Janeiro onde, em 1997, imediatamente após a privatização da empresa local, “mais de 80% dos empregados admitidos por concurso público foram demitidos e substituídos por terceirizados, a tarifa aumentou, a qualidade caiu e passaram a ocorrer colisões de trens, fato que jamais houvera enquanto foi estatal”.

O Procurador Geral recebeu o documento e informou que, no prazo de sete dias, o MPC responderá ao órgão quais medidas deverá adotar.

 

Texto: Andrea Farias – MTE 10967