sábado, 30 novembro

(Foto: Reprodução)

A deputada Sofia Cavedon (PT), presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da ALRS, no período de Comunicações da sessão plenária desta quarta-feira (07) lembrou que outubro é o mês da mulher, mas salientou que a maioria das mulheres da educação estão sendo constrangidas a voltar para a escola sem a segurança necessária e contra todos os parâmetros e recomendações da ciência.

Ressaltou que a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) reafirmou, nesta terça-feira (6), sua posição contrária ao retorno das aulas presenciais no Estado enquanto não houver segurança aos estudantes e educadores, atendendo as orientações do comitê científico que também assessora o governador.  “Na última reunião da Comissão de Educação a reitora da UFCSPA, Lucia Pellanda, reafirmou que não é possível o relaxamento do distanciamento físico e a retomada das aulas em locais onde há transmissão comunitária não controlada”.

Para a deputada, a nota técnica do comitê deveria orientar as decisões do governador. “Mas ele não ouve 30 cientistas das universidades, vai ouvir quem? Professoras estão ficando contaminadas ,como a diretora do colégio Silvio Torres, em Porto Alegre, que está com covid na PUC”. Ela destaca ainda que o protocolo mais importante considerado pelo comitê é o de ter a capacidade de testar e rastrear o vírus. “Por isso não pode ocorrer o retorno às aulas, pois não se sabe de onde vem a contaminação”. Sofia falou das visitas às escolas infantis da rede municipal de ensino da capital que tem realizado esta semana, onde as trabalhadoras terceirizadas estão contaminadas, comprovadamente. “Neste momento, que é de plantão e preparação para a volta às aulas, estão aparecendo muitos casos e a situação é grave”, afirma.

Sofia fez um apelo aos deputados e deputadas para que peçam ao governador que escute seus técnicos e cientistas e interrompa o calendário de voltas às aulas, ressaltando a fala da professora Lucia de que nenhum país do mundo retomou aulas presencias com este nível de contaminação e essa doença tem consequências sérias e já matou 15 crianças no Estado.

Ela pediu mais: para que o governador pare de agredir as escolas e os professores, professoras, trabalhadores e trabalhadoras em educação, em especial a Escola Rio Grande do Sul, que a Seduc mandou fechar, arrombou a porta e nesta quarta, mandou cortar a energia elétrica da instituição. “Isso é um absurdo e um desrespeito a comunidade esoclar que quer que a escola permaneça no local de origem”, finalizou.
Texto: Marta Resing – 5405

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