Audiência pública da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, realizada na tarde desta sexta-feira (25), expôs a dimensão dos riscos do retorno às aulas presenciais em Porto Alegre na próxima segunda-feira (28), conforme anunciou a administração municipal.
Proposta pela presidente do Colegiado, deputada Sofia Cavedon (PT), o encontro virtual ouviu professores, diretores de escolas, dirigentes sindicais, representantes dos Conselhos de Educação de Porto Alegre e do Estado. De forma unânime, as manifestações dos participantes da reunião criticaram a falta de diálogo dos gestores municipais com a comunidade escolar e a salientaram a ausência de planejamento para o cumprimento dos protocolos sanitários dentro do espaço e estruturas físicas da escolas. Sofia pediu mais prazo e planejamento para a retomada das aulas presenciais na capital gaúcha.
Para o representante da Associação dos Trabalhadores em Educação de Porto Alegre (Atempa), Marcus Vianna, a volta às aulas da rede municipal pode resultar em maior contaminação. “O que eles estão fazendo, negando critérios epidemiológicos, é expor crianças e seus pais a uma experimentação com grande potencial de contágio”, argumentou. Vianna disse que os trabalhadores em educação do município estão em estado de greve por inexistência de condições de trabalho.
No mesmo sentido, a dirigente do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, Cindi Sandi, criticou a decisão do prefeito Nelson Marchezan Junior. “É uma irresponsabilidade criminosa”, declarou. Sandi lembro que as escolas de Porto Alegre não têm equipamentos de proteção, material de higienização e espaço físico para o correto distanciamento de alunos e professores. Ela afirmou também que faltam professores e equipamentos adequados nas escolas.
Fonte: Agência de Notícias AL