A deputada Sofia Cavedon (PT), no período de Comunicações da sessão plenária virtual desta quarta-feira (26), manifestou sua indignação e de todas as comunidades escolares e entidades educacionais, como a forma que o Governador vem tratando o ano letivo estadual híbrido, sobre a volta às aulas, as pesquisas e a forma de tratar o calendário para esse período.
Leite desconsidera as pesquisas realizadas por um conjunto de movimentos e entidades, que demonstram de forma muito clara a opinião de que à volta das aulas presenciais só aconteça quando houver segurança dada pelos órgãos de saúde. Apontam que comece pelos adultos, ensino superior e técnico, e não pela educação infantil como está propondo o governo estadual.
São pesquisas de entidades como o Comitê Popular de enfrentamento da crise educacional, do Cpers/Sindicato, de Mães e Pais, que ouviram milhares de opiniões onde a sociedade mostra mais preocupação com a vida do que garantir um suposto ano letivo. dados muito importantes como os 70% que só querem o retorno à aulas presenciais quando existir a vacina ou só em 2021, e Leite insiste em anunciar a volta e pelas educação infantil, tendo que recuar esta semana, pois isso é um crime contra as crianças e as famílias. Neste final de semana, infelizmente, tivemos o falecimento de uma adolescente em Brasília vítima do Covid-19 e estão de luto as escolas do Distrito Federal.
Exigimos do governador Leite que respeite as decisões do Conselho Estadual de Educação sobre a normatização do atual período, pois sabemos que a internet ainda não chegou aos estudantes que podemos afirmar que 50% dos alunos estão apenas tendo uma referência pedagógica, devido ao esforço dos professores e professoras. A maioria dos estudantes não consegue acompanhar ainda porque não possui acesso a tecnologia, equipamentos, condições e apoio familiar para isso. E a Seduc determina um falso calendário escolar, um calendário fake, que termina afora em 31 de agosto, determinar a avaliação é equivocado e não é o que o CEED exarou em suas recomendações. Não vamos aceitar um falso calendário para o retorno escolar e exigimos democracia na decisão sobre a volta às aulas.
Texto: Marta Resing (MTE 3199)