domingo, 24 novembro

O governo do Estado optou por arrochar ainda mais a situação financeira dos servidores públicos durante a pandemia. No dia 30 de abril, o dinheiro só caiu na conta de quem recebia até R$ 1.100,00, pouco mais que um salário mínimo. No dia 11 de maio, depositou uma parcela de R$ 1.500,00 para os demais servidores e indica, para o dia 14/5 mais um complemento de R$ 700,00. O restante dos salários só deve ser quitado depois que o RS receber o socorro do governo federal. “É lamentável que o esforço do governo para quitar salários seja apresentar um pires na mão, aguardando ajuda de Bolsonaro”, sintetiza o líder da Bancada do PT na ALRS, deputado Luiz Fernando Mainardi.

O parlamentar lembra que a situação no final do mês de abril poderia ter sido bem diferente, se o governo tivesse se dedicado a estudar e viabilizar a medida proposta pela bancada petista, de pagar os salários de abril mediante empréstimo no Banrisul. “O governador simplesmente descartou a proposta no mesmo dia, alegando impedimento legal, quando, em outras situações, primeiro o governo executou para depois se preocupar com a legalidade, como foi o caso dos honorários da PGE, da contratação da agropecuária para fazer testes de coronavírus e das compras de alimentos para os estudantes sem observar os 30% da agricultura familiar”, lembra Mainardi.

Para a Bancada do PT, o governo do estado, que deveria estar na linha de frente para ofertar renda emergencial à população que mais precisa, não garante sequer a renda dos servidores públicos. “Querem que as professoras organizem aulas e trabalhos escolares a partir das suas casas, mas não garantem sequer o salário para que possam pagar a luz e a internet”, pondera Mainardi. Ele lembra que milhares de pessoas estão há mais de 30 dias aguardando resposta do governo federal do seu pedido de renda emergencial. “E vamos ficar de braços cruzados no RS, esperando boa vontade do governo Bolsonaro? Como diria o Barão de Itararé, de onde menos se espera é que não sai nada mesmo”, compara.

Texto: Eliane Silveira (MTE 7193)

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