sábado, 23 novembro
Foto Mauro Mello

O deputado Pepe Vargas, em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores, fez uma comunicação de liderança na sessão plenária desta para saudar os trabalhadores da Petrobras, da Refinaria Alberto Pasqualini, que entregaram a todos os deputados um dossiê com colocando os motivos das preocupações e da grave que já se arrasta por 20 dias em todo o Brasil. A greve foi desencadeada pela demissão de mil trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras no Paraná.

As demissões ocorreram sem negociação com os sindicatos, por isso feriu o acordo coletivo. Os trabalhadores também estão alertando o Legislativo para as graves consequências que pode haver para o Rio Grande do Sul uma privatização da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). Pepe, que coordena a Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, agradeceu ao presidente da Assembleia, deputado Ernani Polo, por ter recebido a direção do Sindicato dos Petroleitos para iniciar o debate. “A saída da Petrobras com a privatização da Refap significa a saída em definitiva da Petrobras do Rio Grande do Sul Sem ela, não teríamos nem o Polo Petroquímico, haveria diminuição da competitividade da nossa economia, aumento de custos dos derivados de petróleo e combustíveis, para a agricultura e para a indústria, por isso precisamos fazer esse debate”.

Pepe recordou que ainda no ano passado esteve em audiência com o governador, deputados estaduais e federais para levar a preocupação com a possibilidade de privatização, deixando claro os riscos para a economia gaúcha. Contudo, até o momento, o governador não deu retorno. “Nosso estado já viveu a situação da saída do polo naval de rio grande na medida que a política de aquisição da Petrobras em vez de estimular acabou com a política de conteúdo nacional nas suas contas. Gostaríamos que o governador estivesse à frente desta luta. Todos que sabem o baque que foi o fechamento do polo Naval podem imaginar o que será em um eventual fechamento ou se ela deixar de ser refinaria. Perderemos royalties, Canoas perderá R$ 130 milhões em função da perda de ICMS”.

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)

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