PT sugere ampliação da mobilização pelas compensações da Lei Kandir

PT sugere ampliação da mobilização pelas compensações da Lei Kandir
Foto Mauro Mello

Um tema recorrente da agenda dos parlamentares do Partido dos Trabalhadores, as compensações da Lei Kandir, foi pauta de almoço nesta segunda-feira (17). O líder da bancada petista na ALERGS, deputado Luiz Fernando Mainardi participou da iniciativa, que partiu do PSB após o ex-governador Pedro Simon sugerir o debate ao atual governador. Estiveram presentes também o presidente da Assembleia Legislativa do RS, deputado Ernani Polo (PP), além de representares do MDB, PSOL, PSDB, PP, PT, Cidadania, Avante, PCdoB, Republicanos e PDT. Mainardi representou o presidente do Partido dos Trabalhadores do RS, deputado federal Paulo Pimenta.

Para o líder petista, “estamos com a faca e o queijo na mão para resolvermos este problema. Temos uma decisão do STF determinando que o Congresso regulamente a Lei Kandir, isso não havia antes”. Ele ressaltou a importância da união dos partidos e de agenda integrada com visitas aos presidentes da Câmara Federal, do Senado o do STF, solicitando a prorrogação de mais três meses da decisão. “O prazo para a regulamentação é o dia 20 de fevereiro, por isso precisamos pressiona e pedir a prorrogação. A solução está na pressão e estamos em posição vantajosa” afirmou, lembrando também que o Governo Federal pode apresentar a sua contraproposta.

O PT já protocolou no Congresso um pedido para o PLC que regulamenta a Lei Kandir entre em pauta. A União deve para o Estado do RS em torno de R$70 bilhões da Lei Kandir, número apresentado por Mainardi ao lembrar que irá presidir este ano uma Comissão Especial na ALERGS para entre os temas a serem tratados é a Lei Kandir.

Lei Kandir

A Lei Kandir, lei do ano de 1996, dispõe sobre o imposto dos Estados nas operações relativas à circulação de mercadorias e serviços (ICMS), ela isenta do tributo ICMS os produtos e serviços destinados à exportação e surgiu da necessidade de estimular as exportações da época.

Considerando valores reais (atualizados pelo IGP-DI), o montante atinge R$67,2 bilhões. Só no último exercício (2018), o valor líquido é de R$4,9 bilhões. Valores atualizados da Receita Estadual do Rio Grande do Sul.

Texto: Raquel Wunsch (MTE 12867)