Suspensão do processo que trata da destinação da Casa do Estudante Universitário Aparício Cora Almeida – CEUACA, em Porto Alegre, por mais 60 dias e realização de reunião em março com a presença da presidente da Comissão de Educação da ALRS, deputada Sofia Cavedon, com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), Defensoria Pública, com a deputada federal Fernanda Melchionna e o senador Paulo Paim, foi o encaminhamento dado na audiência realizada nesta quarta-feira, 12, com o promotor de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística do Ministério Público Estadual, Heriberto Roos Maciel.
Conforme a deputada Sofia Cavedon, presente na reunião, a ideia é buscar uma solução que atenda aos interesses do Estado e dos estudantes residentes na Casa, que já haviam conquistado o compromisso da Uergs de assumir a posse do imóvel. A parlamentar também ressaltou no encontro a possibilidade de ser disponibilizado, através de emendas parlamentares, recursos federais para a realização das reformas necessárias para a recuperação da parte estrutural do prédio e a retomada de sua destinação original.
Localizada na Rua Riachuelo, 1355, os moradores da Casa estão há mais de quatro anos alocados em dez imóveis distribuídos pelo Centro Histórico de Porto Alegre, em caráter provisório, após entrarem em acordo com o governo do Estado para que o prédio recebesse as reformas necessárias.
No encontro os estudantes Lucas Kaique da Silva, presidente da Ceuaca; Andrey Pinheiro Chagas, tesoureiro; e Lucas Silva, morador, relembraram que cerca de 80 estudantes fizeram um acordo com o governo do Estado, que envolveria a saída dos moradores para que o prédio da Ceuaca passasse por reformas na edificação. A interdição ocorreu por falta de segurança, por ação do Ministério Público Estadual. Conforme disseram, depois que os trabalhos fossem concluídos o local seria reaberto aos alunos. Desde que a casa foi desabitada, os estudantes passaram a receber um aluguel social e foram transferidos para outros imóveis do Estado. Ainda segundo o relato, desde o ano passado, o governo do Estado não paga o aluguel de diversos imóveis, forçando o despejo dos estudantes.