sábado, 23 novembro

 

Pepe parabenizou Frente dos Sindicadtos Integrados em Defesa das Profissões
(Foto: Joaquim Moura)

“A Medida Provisória, com um argumento falacioso, promete geração de empregos principalmente para a população mais jovem, mas no bojo disso segue na mesma linha do que a reforma trabalhista: de precarizar direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do nosso país”. A afirmação foi feita pelo deputado Pepe Vargas em declaração de liderança, em nome da bancada do PT, durante a sessão plenária desta quarta-feira. O pronunciamento do parlamentar foi feito logo após a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado do RS (Sindjors), Vera Daisy Barcellos Costa, ter ocupado a Tribuna Popular para ler o manifesto contra os impactos à classe trabalhadora em função da MP 905/2019. Pepe também solicitou que o manifesto seja incluído nos anais da Casa.

Presidente do Sindjors, Vera Daisy Barcellos, leu manifesto em defesa das profissões

Conforme o deputado, os jovens que conseguirem empregos na chamada carteira amarela prevista na MP, terão trabalhos precarizados, salários mais baixos, um conjunto de questões que reduzem os custos dos empregadores e a facilidade de demissão. “Este manifesto de maneira muito correta vem denunciando que essa medida não resolverá o problema do emprego no país. Na esteira da medida, inclui-se dispositivos que revogam o registro profissional de um conjunto de categorias como jornalistas, radialistas, sociólogos entre outras”, afirmou.

Pepe entende que o governo Bolsonaro segue uma linha não muito diferente do que Temer vinha fazendo e continua precarizando, reduzindo a massa salarial, achatando a renda das famílias e com isso vai levando o país para um cenário em que a economia não se recuperará. “Essa proposta na medida em que reduz salários, terá um efeito cíclico de não promover o crescimento econômico, mas impor uma trava no crescimento do Produto Interno Brasileiro (PIB). Como a economia não cresce, os empregos não serão gerados, ficamos com um exército de trabalhadores desempregados, pressionando aqueles que estão empregados, o que resultará em mais redução salarial. É um ciclo vicioso que vivemos no país em outros momentos e que se retoma de forma muito mais violenta”.

Outra consequência da política adotada pelo governo federal é que o próprio setor público se ressentirá, pois com a economia estagnada, a arrecadação não crescerá suficientemente para prestar os serviços públicos necessários à população.  “Aí acontece como aqui no Rio Grande do Sul, que os governadores em vez de enfrentar as causas estruturais e questionar essa política nefasta aos interesses do povo e do país, resolvem cortar serviços públicos e cortar direitos dos servidores”.

 

Texto: Claiton Stumpf – MTb 9747

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