Em mais um ato unificado dos servidores estaduais, realizado nesta terça-feira (10), no centro de Porto Alegre, o deputado Valdeci Oliveira reforçou à luta contra o pacote de projetos apresentado pelo governo Eduardo Leite que retira direitos, achata salários e precariza a prestação de serviços públicos à população gaúcha. “Essa é uma luta justa e legítima de toda a sociedade, pois será ela a mais afetada pelos resultados nefastos dessas medidas. Sem serviço público de qualidade, quem vai ficar sem saúde, educação, saúde, pesquisa, cultura, defesa agropecuária, entre outros problemas, será a população em geral, especialmente os mais vulneráveis socialmente”, afirmou Valdeci.
Segundo o deputado, as propostas do governo tiram dos pequenos e entregam para os grandes. “Aliás, esse é e sempre será o objetivo das políticas neoliberais, que não deram certo em nenhum lugar do mundo e muito menos aqui, onde a população já vivenciou essa prática com os ex-governadores Antônio Britto, Yedda Crusius e José Ivo Sartori. O que o governador Eduardo Leite apresenta é a repetição de uma receita velha, que cada vez que é posta em prática empobrece a população e diminui o estado em nome de poucos privilegiados. A atual gestão sofre de grave déficit de criatividade administrativa”, lembrou.
Um novo ingrediente que se apresentou nesta terça-feira foi o anúncio da greve da Polícia Civil, a partir da semana que vem, quando será votado o pacote. Além desses servidores, o magistério e os funcionários de escola também já cruzaram os braços em função dos projetos. E não bastasse todo esse cenário, que pode levar ao acirramento de um conflito social já em curso, a Federação das Indústrias do Estado do RS (FIERGS) enviou uma nota aos deputados estaduais manifestando apoio às medidas do governo, alegando que estas beneficiarão a sociedade como um todo. “O mais engraçado é que quem diz isso é justamente aqueles que não serão afetados pelas propostas de arrocho e precarização, mas são beneficiados com incentivos fiscais, isenções de impostos e não dependem em nada do estado para ter acesso a serviços de saúde, educação e segurança. Está na hora se colocar seriedade nesse tipo de discurso. É hora da FIERGS se colocar no lugar do professor e do brigadiano gaúcho”, criticou Valdeci.
Texto: Marcelo Antunes (MTE 8.511)