sábado, 23 novembro
Foto Joaquim Moura

O líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Fernando Mainardi, reafirmou, durante a sessão plenária desta terça-feira (10), que a posição da bancada é contrária ao pacote enviado pelo governador Eduardo Leite, que altera o plano de carreira dos servidores. Para o parlamentar, o termo “retira”, que os professores em greve bradaram durante toda a sessão, não deve ser para retirar o regime de urgência, mas retirar o pacote da pauta de votações.

Segundo Mainardi, retirar a urgência do projeto é prolongar o sofrimento e a angústia dos servidores, pois a instabilidade não é boa para ninguém. “Somos de oposição e temos tradição de defesa aos servidores. No governo Tarso Genro, os professores receberam 76% de aumento”. O parlamentar também disse que a bancada não aceita a ideia de alguns que sugeriram mudar o plano de carreira. “O Plano é para valorizar quem estuda e se dedica ao magistério. Valorizar os professores que, com o tempo, se tornam melhores professores. Aprendemos que defender a educação não pode ser apenas discurso. Tem que ser prática para quem se propõe a governar”.

Além das bancadas do PT, PDT e PSol, mais deputados, segundo Mainardi estão se somando na luta contra a aprovação da proposta prejudicial ao Estado. “Tenho certeza de que o coração de mais parlamentares quer estar ao lado dos professores. O governo tem que refletir e repensar, pois está havendo reação da sociedade”, comentou. Ele lembrou que, na semana passada, o jornal Correio do Povo disse, ‘Economia é aquecida pelo consumo’… e o consumo aumenta e faz crescer a economia. “Mas o que é consumo se não é o salário do trabalhador, que é o que faz a economia girar? É por isso que este projeto é absolutamente equivocado. Ele pauta a sua existência pela diminuição do poder de compra, pelo arrocho salarial e pela destruição dos serviços públicos”, afirmou.

Para Mainardi, a solução do Brasil está em fazer crescer a economia e a do Rio Grande, em o governador ir conversar com o presidente e equipe econômica e defender a regulamentação da Lei Kandir em fevereiro; que é preciso uma reforma tributária para acabar com a guerra fiscal, pois é impossível que os grandes grupos econômicos continuem não pagando tributos. “A cada dia que passa, mais aumenta o número daqueles que não aceitam esse pacote e que vão votar contra. Ou o governo retira o pacote, ou será derrotado”, concluiu Mainardi.

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)

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