Villaverde defende uma saúde mental sem grades

Vanessa Vargas

O compromisso do mandato de Adão Villaverde com os avanços conceituais do atendimento na saúde mental, vertebrados pela legislação conhecida como reforma antimanicomial de 1992 no RS, se expressou de várias e consistentes maneiras em 2017. Em Alegrete nos dias 26 e 27 de outubro, o parlamentar renovou o apoio à Parada do Orgulho Louco que acontece há sete anos na cidade da fronteira oeste e que em 2015 foi legitimada no calendário oficial de eventos do RS em lei estadual de autoria compartilhada com a deputada Stela Farias (PT).
O deputado participou do desfile no dia 27 e esteve em oficinas e reuniões que debatem o tratamento do sofredor psíquico com respeito e acolhimento, sem grandes, choques elétricos e drogas anestesiantes.
Para ele, a Parada também se reveste de uma importância fundamental para combater a discriminação que estigmatiza o louco e a loucura. Conforme Villaverde, a Parada contribui para o enfrentamento do preconceito e para a melhoria das relações em sociedade. Além disso, ele ressalta que o evento, com alcance internacional, é amplo o bastante para permitir a extensão do debate para os diversos segmentos da sociedade, propiciando uma convocação não só dos setores diretamente envolvidos com as políticas públicas, mas também de todos aqueles que têm indagações e propostas a fazer sobre o vasto tema da saúde mental.
No mesmo sentido de preservação da qualidade de vida mental, Villaverde é autor da chamada lei 14645/2014, que institui o Dia Estadual de Combate ao Estresse, celebrado sempre no terceiro domingo de novembro. Apresentado a pedido do Instituto ISMA-BR (International Stress Management Association), de prevenção e tratamento do stress, a lei proporciona uma reflexão sobre os efeitos arrasadores que o estresse tem sobre a vida e a saúde das pessoas.
Para o deputado, “uma sociedade com a melhor qualidade de vida deve zelar pelo bem estar dos indivíduos e conscientizar a população para a importância do diagnóstico, da prevenção, do tratamento e do desenvolvimento de técnica eficazes para gerenciar o estresse”.
De acordo com pesquisa da ISMA-BR, calcula-se que o custo do estresse está em torno de 3,5% do PIB anual no nosso país. Nos Estados Unidos, o valor anual gasto pelas empresas com ausências no trabalho, rotatividade dos funcionários, lesões, licenças médicas e processos judiciais por perda de qualidade de vida, atinge US$ 300 bilhões.
Texto: André Pereira (MTE 4704)