domingo, 24 novembro
Foto: Joaquim Moura

 

O projeto de lei e o projeto proposto para os trabalhadores da educação foi muito diferente do que foi para a segurança pública, pois para os professores é proposto congelamento dos salários, criando-se subsídio no atual salário., Já para os policiais o reajuste é mais generoso”. A afirmação da deputada Sofia Cavedon foi feita em uma declaração de liderança da bancada do PT, na sessão plenária da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (28)

Conforme Sofia, para 40 horas do piso que é pago para todos os professores, o governo Tarso Genro chegou a quase 70% dos funcionários pagando o piso na base da carreira e ao final da gestão faltavam apenas 30% de reajuste para estar pagando o piso na base da carreira. Agora no início do governo Leite eram necessários 100% de reajuste, pois o governo José Ivo Sartori manteve reajuste da segurança e congelou da educação. “Foi uma escolha política e agora Leite vem e faz isso, toda a carreira angariada pelos professores, vira uma parcela autônoma”.

De acordo com a deputada, se houver reajuste do piso, “a parcela autônoma será gradativamente absorvida por ocasião de eventual reorganização ou reestruturação de cargos da carreira ou das respectivas remunerações ou concessão de reajuste”. Ou seja, toda a carreira dos professores que tiverem triênios, qualificações será subtraída. “O resultado é que professores com 15, 20, 25 anos daqui um tempo estarão ganhando o mesmo que os professores ingressantes, portanto não haverá mais carreira. Todos ganharão no máximo 7% a mais.”

Sofia explicou as diferenças nos planos de carreiras dos professores e dos militares. Para o capitão e para os soldados, o salário do capitão que hoje é R$ 12.661 passará a ter subsídio de R$ 20 mil porque as vantagens que incorporou entram no seu subsídio. Já para os professores fica quase igual, com o acréscimo de no máximo 7%.  “Do capitão passa 60% maior. Não precisa quase carreira. Do soldado, o aumento final é de 34%. Ainda por cima o plano é perverso. Trata melhor os maiores salários e pior os menores e pior ainda o dos professores. Não é a toa que o governador foi aos Estados Unidos e voltou dizendo que tem que privatizar o ensino”.

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