Na sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (26), o deputado Edegar Pretto fez referência a uma das maiores assembleias dos trabalhadores em educação da história do Rio Grande do Sul, realizada na Praça da Matriz, em Porto Alegre e desafiou os deputados de todas as bancadas a votarem a favor dos servidores. A manifestação do parlamentar foi feita em uma declaração de liderança, em nome da bancada do PT.
O deputado afirmou estar percebendo “a responsabilidade” que uma parte importante dos parlamentares da situação estão se comportando em relação ao pacote de medidas que o governador enviou para a Assembleia. Segundo Edegar, os deputados têm realizado encontros com as suas bases, nas suas regiões e já receberam mais de 200 moções de repúdio de Câmaras de Vereadores e dos prefeitos e prefeitas de todos os partidos. “As ruas e a sociedade fazem repercutir que a justificativa de Eduardo leite para corrigir injustiças é uma grande falácia”.
O argumento de Edegar foi feito com uma série de questionamentos: “como, governador, que o senhor fala em justiça quando isenta 90% da dívida dos devedores do fisco estadual? Como é possível justificar esse pacote de maldades quando é benevolente ou faz gestos ou se articula para que os grandes salários do Executivo possam ser maiores ainda? Como explicar para um professor, para um servidor da segurança que ele está há cinco anos sem aumento e esse pacote se passasse iria promover para os próximos 10 anos o maior congelamento de salários? Como Explicar se o governador que convidou um cidadão do Rio de Janeiro para presidir o Banrisul oferece a ele um salário de 128 mil por mês?”, afirmou, lembrando que foi necessário que a Assembleia Legislativa se insurgisse para que o governador baixasse o salário do presidente para R$ 89 mil.
O deputado observou que 67% dos servidores públicos são professores e professoras e estes representam 37% da folha de pagamento. “Governador, qual o projeto de desenvolvimento para o Rio Grande do Sul que vossa excelência apresentou? Qual é o projeto para a indústria, para a agricultura, para as agroindústrias? Qual é o projeto para atacar os sonegadores?”, indagou. Edegar disse ainda que respeita todas as pessoas, independente da sigla partidária e da sua preferência ideológica. “Mas o covarde tem exatamente essas características: para os grandes é benevolente e complacente, mas para os pequenos e mais humildes, pisa e massacra. Por isso, quero que essa Assembleia dê mais uma demonstração de responsabilidade”.
Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)