sábado, 23 novembro
Foto Marta Resing

Levando novos elementos para que o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) seja impedido de ser privatizado, a deputada estadual Sofia Cavedon (PT), juntamente com os servidores da autarquia, Sandra Darui e Edson Zomar de Oliveira, reuniram-se nesta terça-feira (15) com o procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Geraldo Costa da Camino.

No novo dossiê os funcionários reforçam que a falta de composição do quadro funcional do Departamento é a principal dificuldade que o órgão encontra para dar andamento aos processos e serviços. “A diminuição de investimento do DMAE caiu de 32,4%, em 2013, para 9,7% em 2018”, destaca a Deputada.

A consequência disso, enfatizaram os servidores, é que com a falta de equipes demora-se mais para atender as fugas de água, que hoje leva um tempo médio para o atendimento de 59h. Já chegamos a atender em 8h, salientaram. Eles disseram ainida que a terceirização afeta a qualidade dos serviços, pois são necessários recursos para a fiscalização e aumentam os custos.

Sofia também destaca que as consequências, além de afetarem no atendimento dos usuários, atinge fortemente as finanças do Departamento. “No documento é visível a perda financeira do órgão estimada no ano em R$ 50 milhões, com R$ 22 milhões em água perdida R$ 28 milhões em esgoto que deixou de ser tratado, pois o DMAE agora também assumiu as funções do DEP”, disse a parlamentar que junto com os servidores reivindica a urgente reposição do quadro funcional do órgão.

O Ministério Público de Contas tem em andamento a representação 27/2018 que já aponta para a necessidade de reposição do quadro de pessoal da autarquia, mas o governo municipal continua descumprindo a Medida Cautelar expedida pelo MPC, tendo em vista que continua lançando editais para a contratação de terceirizadas.

Texto: Marta Resing (MTE 3199)

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