segunda-feira, 25 novembro
Foto Joaquim Moura

O deputado Fernando Marroni lamentou a exposição vexaminosa do Brasil na reunião de cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima. Foi na sessão plenária desta quarta-feira (25), em comunicação de liderança, período em que analisou a diferença do comprometimento do governo federal nos governo do PT e agora com Jair Bolsonaro e cobrou responsabilidade do governo do Estado para impedir a megamineração em Guaíba.

Marroni lembrou que o Brasil assinou o protocolo de Paris em 2015 e vinha cumprindo todos os compromissos firmados numa demonstração clara de que é preciso que todos compreendam que o planeta é um só. “Não há outro planeta, não há um plano B. Teremos que continuar a viver na terra e esse é o recado que a juventude cobra: o que vocês estão fazendo para o nosso futuro?”, observou, lembrando que serão duas bilhões de crianças que estarão vivas no ano 2100. “A transformação de uma sociedade baseada na exploração insustentável do carbono para uma sociedade baseada no consumo e na exploração de energias renováveis e limpas é o desafio”, disse.

Diferentemente de quando foi assinado o acordo de Paris, há cinco anos se falava das mudanças climáticas e no aquecimento global, mas agora não se fala mais em mudanças, mas em emergência e crise climática. “E o que isso tem a ver com nosso solo gaúcho? Estamos vivendo um debate sobre a megamineração de carvão a 15 km da capital, onde vivem quatro milhões de gaúchos. Carvão foi importante para impulsionar a energia da humanidade, com o cavalo-vapor em 1860, mas novas tecnologias se implementaram. Assim, a era do carvão não acabou porque acabou o carvão. Acabou porque depois veio o petróleo e depois o gás que é muito mais eficiente”, argumentou.

No anuário da Aneel, 85% da energia consumida no nordeste foram de fontes eólicas, graças a uma política que começou há apenas 10 anos. No RS, nos governos do PT foram implantados parques eólicos, mas parou. “Por que é que o estado vai fazer esforço de queimar carvão? O Rio Grande está pensando no futuro? Está pensando nestes dois bilhões de crianças que estarão vivas em 2100 ou estamos na contramão do que o mundo quer?”, indagou.

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)

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