A deputada Sofia Cavedon ocupou um tempo de liderança na sessão desta terça-feira (3), na Assembleia Legislativa, para falar sobre os contratos temporários na educação. De acordo com a parlamentar, o índice de professores do Estado contratados emergencialmente passou de 13% para 31%, o que estaria precarizando o ensino.
Conforme Sofia, o governo do Estado vem estabelecendo como política a contratação de professores de forma temporária e já faz sete anos que o último concurso foi realizado, sendo que muitos dos profissionais são formados com graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado e muitos, inclusive, haviam sido aprovados em concurso, mas foram chamados para empregos temporários. “São professores com extensão de carga horária que desde março, que estão dando aulas gratuitamente porque não receberam até agora”.
Para a deputada, a situação é muito grave, pois o governo não está respeitando a categoria. “Não respeita quando o governo encaminha para cá a criação de mais cinco mil contratos, primeiro já reconhece o que a sociedade gaúcha vem gritando nestes oito meses: faltam professores em quase todas as escolas do Rio Grande do Sul. Em segundo lugar é inaceitável que envie para cá (na Assembleia Legislativa) um projeto com prazo de validade até dezembro”. Os empregos temporários, segundo a deputada que é presidente da Comissão de Educação, não respeita o vínculo e a continuidade. “O desrespeito a esses profissionais precisa ser encerrado. Não é justo e não é aceitável com quem trabalha. Quero, em nome da bancada, pedir que demos um basta nessa exploração, neste assédio e nesta contrariedade. O governo tem que fazer concurso público e os contratos precisam ser prorrogados para que assumam plenamente”, defendeu.
Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)