sábado, 23 novembro
Crédito: Marta Resing

Conferência Nacional de Lideranças Políticas Femininas, promovido pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) é o encontro que participará nesta sexta-feira (23) a deputada estadual Sofia Cavedon (PT), juntamente com Marilisa Peeters, representante do Grupo de Apoio e Prevenção ao Câncer de Mama de Viamão (Viamama).

A oitava edição do evento ocorrerá o Bourbon Convention Ibirapuera, em São Paulo (SP) e une lideranças políticas femininas de todas as regiões do país para trabalhar, em conjunto com ONGs locais, em busca de soluções para o enfrentamento do câncer de mama no Brasil. Durante o evento, serão promovidas palestras e atividades práticas para apoiar o desenvolvimento de projetos e ações passíveis de serem realizadas nos estados e municípios brasileiros.

Sofia Cavedon lembra que o Rio Grande do Sul já tem 140 municípios que consideram o câncer como a principal causa de morte de seus moradores, segundo estudo divulgado ano passado pelo Observatório de Oncologia do movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM).  A deputada ressalta ainda que conforme matérias publicadas na imprensa gaúcha, além dos números preocupantes, as projeções para os próximos anos não são nada otimistas, e incluem Porto Alegre – de fora desse Observatório – como a primeira capital no Brasil a ter a doença como principal causa de óbitos.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que sejam registrados cerca de 600 mil novos casos de câncer em 2018, 54.800 deles só no Rio Grande do Sul. Por isso, diz a parlamentar, a Capital foi a primeira a ser nomeada como Cidade-Desafio do City Cancer Challenge (C/Can 2025), iniciativa liderada pela União Internacional de Controle do Câncer (UICC) que tem como objetivo conduzir algumas cidades no mundo à liderança no planejamento e implementação de soluções de tratamento de câncer.

Conferência

Conforme a presidente voluntária da FEMAMA,  mastologista Maira Caleffi, no site da instituição, “uma das prioridades a ser debatida no encontro é a aprovação do PLC dos 30 dias, que estabelece que o SUS tem o prazo máximo de 30 dias para realizar exames que confirmem suspeitas de câncer, e a disponibilização de novos tratamentos para os pacientes, como o pertuzumabe que, apesar de incorporado ao SUS, ainda não é distribuído a pacientes que têm indicação de uso, ou o Succinato de Ribociclibe aprovado recentemente pela ANVISA para pacientes com câncer de mama metastático com expressão hormonal, mas ainda inacessível na rede pública de saúde. Juntos, podemos buscar maneiras de garantir mais qualidade de vida a essas pessoas”.

Texto: Marta Resing (MTE 3199)

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