O deputado Edegar Pretto ocupou um espaço de liderança da bancada do PT, na sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (14) para repercutir o ato unificado em defesa da educação pública e contra políticas do Governo de Jair Bolsonaro (PSL), realizado na terça-feira. O parlamentar aproveitou o espaço para chamar a atenção para as promessas feitas pelos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados em missão realizada pela Assembleia ainda no mês de maio e até hoje não cumpridas.
Edegar que participou da concentração e caminhada em Porto Alegre, ressaltou que a manifestação democrática e pacífica, levanta a autoestima daqueles que lutam pela educação pública de qualidade, pois durante a manifestação era possível ver os professores e alunos unidos em torno da mesma bandeira. “Não estavam ali levantando apenas bandeiras partidárias e ideológicas, mas com o compromisso com a nação e não há nação que se desenvolva na plenitude se não priorizar a educação”.
Chamado de “Terceiro Tsunami da Educação”, a manifestação de terça-feira foi registrada em 26 capitais, 211 municípios. A população somada dessas cidades é de quase 83 milhões de pessoas, cerca de 40% da população do país. Em Porto Alegre, uma das maiores com concentrações, reuniu mais de 40 mil pessoas. “Como diz o poeta, ‘eu acredito é na rapaziada’, pois as grandes mudanças no Brasil partiram ou concluíram-se com sucesso a partir da rebeldia da juventude”, afirmou Edegar.
O deputado observou que o protesto não foi por pouca coisa. Foi contra o corte de 30% do orçamento das universidades e institutos federais. Citou como exemplo a Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), na cidade do governador Eduardo Leite, que já anunciou que se não houver mudança no anúncio do governo, em setembro fechará as portas. “Com a compreensão do presidente da Casa (deputado Luís Augusto Lara – PTB), fomos em missão oficial a Brasília acompanhar os reitores e reitoras das universidades e institutos federais e recebemos dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados a garantia de que iriam achar uma saída para repor o orçamento, mas não houve reposição e continuamos penalizando as nossas universidades, que correm o risco de fechar”.
No RS os cortes promovidos pelo governo Bolsonaro somam R$ 193 milhões nas Universidades. Se incluídos os Institutos federais o prejuízo chega a R$ 246 milhões. “Infelizmente por parte do Palácio Piratini, um silêncio ensurdecedor, e o presidente continua com essa falta de educação completa, debochando do povo brasileiro”, afirma o parlamentar, lembrando que em agenda no sul do Estado, o presidente foi desrespeitoso e a sua plateia sequer deixou a prefeita de Pelotas fazer o seu discurso. “Será que é por ser mulher? Será que além da falta de respeito e da falta de educação, houve uma postura machista?”, indagou.
Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)