sábado, 23 novembro
Crédito Joaquim Moura

A instalação da Frente Parlamentar em Defesa do Hospital de Pronto de Socorro (HPS), subscrita por 28 deputados estaduais foi o tema do pronunciamento feito pela deputada Sofia Cavedon em declaração de liderança na sessão plenária desta quinta-feira (13). A parlamentar chamou a atenção para os problemas que a instituição, referência em atendimento médico de urgência e emergência no Rio Grande do Sul, vem enfrentando.

Conforme Sofia, o prefeito Nelson Marchezan Jr pagou consultoria com o objetivo claro de privatizar a gestão do HPS. A consultoria prestada por uma OSCIP de São Paulo, que custou R$ 30 mil, teria sido paga com recursos do caixa da Fundação HPS, que tem uma campanha nas farmácias e supermercados, o troco amigo. “Já vivemos situações de privatizações. E foi gravíssimo, hoje respondem com condenação, com devolução de mais de 11 milhões por parte de gestores que foram muito mal naquela época. Na época houve inclusive assassinato de secretário de saúde”, recordou.

O HPS é um hospital de socorro intensivo, referência para Rio Grande do Sul e até Santa Catarina em especialização primeiros socorros. Mais de 22% dos atendimentos são prestados para cidadãos de fora de Porto Alegre. Infelizmente para além dessa intenção que está em curso de conceder para a inciativa privada, o próprio diretor do HPS, Amarílio Macedo, informa aos jornais que o HPS tinha 1,2 mil servidores e hoje não tem mais que 850 e por isso uma Oscip forneceria trabalhadores terceirizados. “Há a intenção de migrar para mais um contrato terceirizados para os agentes de saúde, médicos socorristas e intensivistas, enfermeiras de alto padrão e técnicos de enfermagem. Terceirizações que trazem interrupção de serviços sérios, pois já tivemos falta de alimentação pelo não pagamento dos servidores”.

Outro problema verificado no HPS, é que não realiza mais cirurgias em traumatologia em que não haja fratura exposta. O HPS está com 22 leitos sem uso e o secretário admite que faltam profissionais. O diretor do HPS também queixa-se de enfrentar problemas com elevador há anos e não consegue resolver pela burocracia. “O Simers (Sindicato Médico do Rio Grande do Sul) fez uma vistoria e verificou que é gravíssima a situação de conservação, o que coloca os trabalhadores da área da saúde em risco”.

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)

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