quarta-feira, 20 novembro

 

A deputada estadual Laura Sito (PT), presidenta da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, trouxe à reunião do colegiado nesta quarta-feira (11), casos graves de violência policial que estão acontecendo na capital. Conforme relataram moradores, representado por um grupo de mulheres da Vila Gaúcha, os recorrentes abusos com abordagens agressivas e invasivas foram cometidos pelo 1º Batalhão da Brigada Militar produziram uma atmosfera de medo e insegurança no bairro.

Os testemunhos revelaram um padrão recorrente de brutalidade por parte dos agentes de segurança. Além das abordagens truculentas e torturas, as mulheres relataram sofrer com assédio sexual e denunciaram que muitas mortes não são por confronto, como alegam os policiais. Entre os relatos, o depoimento de Darlen Maciel, mãe cujo filho foi morto pela polícia em agosto, marcou a reunião. “Hoje, eu sou mais uma mãe que chora pela perca do meu filho, só que eles (a Brigada Militar) mataram meu filho mesmo com ele rendido”, disse Darlen à comissão.

Os moradores presentes na reunião ainda destacaram o medo de retaliação por parte dos agentes de segurança por estarem denunciando publicamente as ações violentas do 1º Batalhão da Brigada Militar na Vila Gaúcha. Após as oitivas, a comissão deliberou o envio de ofícios à Corregedoria da Brigada Militar e à Polícia Civil, uma visita na comunidade com a presença dos parlamentares, assim como ao 1º Batalhão da Brigada Militar. Por fim, será solicitado mais uma reunião com o comando da mesma. Contudo, foi ressaltado que até o momento, nenhum pedido de reunião da CCDH foi aceito por parte da Brigada Militar.

Laura Sito enfatizou a necessidade de uma resposta rápida e eficaz para restaurar a confiança da comunidade na segurança pública e assegurar que os direitos de todos os moradores da Vila Gaúcha sejam respeitados. “Nós aqui, temos um compromisso da nossa ação de fiscalização. Combater uma prática que se assemelha muito com o que vemos em outras regiões do Brasil, como a milícia, é um compromisso necessário”, afirmou a deputada, colocando a comissão à disposição em caso de eventuais retaliações.

 

Foto e texto: Nathália Schneider

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