O imbróglio que envolve o projeto para a revitalização do Cais Mauá, de Porto Alegre, foi abordado pela deputada Sofia Cavedon, em declaração de líder na sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (29). A parlamentar aproveitou o espaço na tribuna para manifestar apoio político ao governador para que revogue a concessão com a Cais Mauá do Brasil (CMB), empresa vencedora da licitação que, mesmo nove anos após a assinatura do contrato, não cumpriu nada do previsto.
A licitação foi feita no final do governo Yeda Crusius e previa a revitalização em um espaço com 3.240 metros de extensão, 16 armazéns, três docas, área de 181.295 m² na área mais nobre da cidade, junto ao Guaíba. “Neste tempo todo o que vimos foi uma troca de negócios permanente, uma insegurança, captação de recursos insuficiente, com Polícia Federal no Cais Mauá, recolhendo computadores, documentos, licenças obtidas para restauro não executadas e os prédios históricos estão se deteriorando, sem nenhuma obra, exceto uma cerca”, criticou a deputada.
Ainda conforme Sofia, o arrendatário deve R$ 5,3 milhões ao governo do Estado e segundo o que teria informado o representante do consórcio, em audiência pública realizada essa semana, eles foram chamados por terem expertise em situações de não cumprimento de contrato. “Eles vem aqui e se denunciam a si próprios porque o contrato não está sendo cumprido. Não atendem aos quesitos previstos na licitação e não cumprem compromissos assumidos. A decisão agora está nas mãos do governador e no nosso entendimento não há condições éticas, econômicas e morais e nem interessa mais à cidade de Porto Alegre, flexibilizar critérios para este projeto acontecer”.
Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)