“A Assembleia cumpriu uma importante tarefa, uma grande missão em defesa das universidades públicas federais e dos institutos federais do estado do Rio Grande do Sul”. A afirmação foi feita pelo deputado Fernando Marroni, durante declaração de liderança, na sessão plenária desta quinta-feira (23), ao destacar a missão oficial a Brasília realizada na quarta-feira para tentar reverter os cortes de 30% no orçamento da educação, proposto pelo governo Bolsonaro.
Marroni relatou que os reitores e diretores dos Institutos e Universidades Federais recorreram à Assembleia Legislativa para pedir ajuda e foram recebidos pelo presidente Luiz Augusto Lara (PTB). A partir de reunião realizada há 15 dias, definiu-se a organização de uma comitiva a Brasília para participar de audiências com os presidentes da Câmara e Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, respectivamente. “Foi muito importante o levante que fizemos, após a espetacular manifestação dos estudantes nas ruas contra o corte de 30% no orçamento da educação. Sempre houve contingenciamentos, mas nunca foram sequestrados das universidades e institutos a rubrica de 30%”, avaliou.
O deputado fez um histórico de perdas para a educação que começou com a aprovação da PEC 95, no governo Temer, que congelou os investimentos em saúde e educação por 20 anos e que culminou com o corte de 30% determinado por Bolsonaro no mês passado. “Felizmente esta pressão exercida nas ruas pelas manifestações fez com que o governo recuasse e o presidente da Câmara anunciou em primeira mal para a delegação desta Casa o descontingenciamento de R$ 1,2 bilhão, mas falta muito, pouis o que foi cortado é da ordem de 6 bilhões, então R$ 1,2 bilhão não vão e não devem arrefecer a mobilização das universidades e dos institutos que estão pautadas para o dia 30 para que tenhamos a recomposição completa dos orçamentos das universidades federais”.
Marroni, que é servidor licenciado da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), afirmou que a instituição, mesmo com o congelamento do orçamento devido à PEC 95 estava com orçamento de R$ 102 milhões para custeio e, com o corte, ficou em R$ 74 milhões. “Isso é insuportável, mesmo que sejam liberados os valores anunciados ainda falta muito, portanto a comunidade acadêmica precisa ir para as ruas mais uma vez. A luta mais uma vez pede a luta de todos”.
Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)