Um grupo de mulheres de organizações e movimentos sociais, intituladas ‘Mulheres do RS Contra a Reforma da Previdência’, reuniram-se com parlamentares da bancada petista nesta terça-feira (30). Na oportunidade, entregaram uma carta alertando para a necessidade do debate e análise dos impactos da reforma da previdência.
“Chamamos a atenção de que a proposta da Capitalização alternativa ao RGPS e obrigatória aos novos integrantes acaba com a previdência pública, universal e solidária impossibilitando as populações mais carentes de terem acesso aos benefícios, sendo que a mesma servirá para engrossar os lucros dos bancos e o grande capital especulativo. Portanto, somos contrárias ao regime de capitalização” afirmou Maria do Carmo, uma das integrantes do grupo.
Um dos pontos de destaque do encontro foi o diálogo sobre os impactos que sofrerão trabalhadores e trabalhadoras com a possibilidade da aprovação da PEC 06/2019 (Reforma da Previdência) levando em consideração as diferenças geográficas, sociais, de gênero e geracionais existentes no Brasil e no RS.
A Mulheres do RS Contra a Reforma da Previdência alertam para a necessidade de debate e análise dos impactos de alguns itens e se posicionam pela:
– manutenção do sistema de Seguridade Social (Saúde, Previdência e Assistência), vinculados e regidos pela Constituição Federal;
– manutenção da diferença de cinco anos de idade entre homens e mulheres para acessar a aposentadoria de mulheres trabalhadoras rurais e urbanas;
– manutenção da condição de segurados e seguradas especiais para trabalhadores rurais, pescadores artesanais, tanto na arrecadação bem como a comprovação do exercício da atividade rural para acesso aos benefícios (aposentadoria por idade e ou invalidez, salário maternidade, auxílio doença e acidente de trabalho, auxílio reclusão, pensão aos viúvos e viúvas).
Texto: Raquel Wunsch (MTE 12867)