quinta-feira, 21 novembro

O deputado Jeferson Fernandes (PT) encaminhou, na quarta-feira (17/07), um pedido de informações ao Governo do Estado sobre a decisão do governador de conceder por 30 anos e de forma patrocinada a exploração, manutenção e expansão dos aeroportos dos municípios de Passo Fundo e Santo Ângelo com aporte de R$ 29 milhões.

O parlamentar quer entender a lógica que motiva o governo a fazer esta transação, uma vez que o próprio governador tem alegado com veemência a falta de recursos para fazer frente às consequências da catástrofe climática. Também diante da manifestação da Infraero, registrada em ofício encaminhado ao secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, de obter a outorga de 5 aeroportos gaúchos, entre os quais, os de Passo Fundo e Santo Ângelo. No documento, a Infraero alega dispor de recursos financeiros e técnicos para atingir as metas.

“Por que razão o governador está abrindo mão de ter dois importantes aeroportos sob domínio público e com a garantia de que serão feitas as obras de infraestrutura necessárias? Não há razão aparente para esta renúncia, ainda mais com o oferecimento de um ‘prêmio’ em dinheiro para a empresa que assumir os serviços”, observou o deputado, referindo-se à sinalização horizontal da pista de pouso e decolagem, do pátio de estacionamento de aeronaves e das pistas de taxiamento de aeronaves; além de serviços em cercas de proteção e preparo para instalação de equipamentos de auxílio à navegação aérea, citados no ofício ao Secretário Costella.

Para Jeferson, o mau exemplo do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, administrado pela Fraport não pode ser desconsiderado. “Não sou contra a concessão de serviços. Entendo que alguns não precisam estar sob domínio do Estado. Mas a má experiência com o aeroporto Salgado Filho, cuja drenagem e recuperação a Fraport relutou em fazer, deixando a capital isolada por quase dois meses, me fez repensar. Se temos os recursos e condições de manter o aeroporto de Santo Ângelo por que privatizá-lo? E mais: por que pagar uma quantia para que a iniciativa privada o assuma quando o RS está precisando de recursos? Queremos que o governo Leite nos explique o que pensou ao cogitar essa ideia”, concluiu o deputado.

 

Texto: Andréa Farias – MTE 10967
Foto: Debora Beina

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