sexta-feira, 22 novembro

Após reunião com autoridades locais na base aérea de Santa Maria, Lula fez uma manifestação pública afirmando que veio ao Rio Grande do Sul com seus ministros para que cada pasta esteja comprometida com as medidas de socorro e mitigação do sofrimento e dos danos causados pelo maior desastre climático da história do Estado. Segundo o chefe de Executivo, não faltarão esforços nem investimentos para a recuperação do estado.

Entre as principais medidas anunciadas está a instalação de um hospital de campanha no Vale do Taquari e a disposição de 1.369 militares, 121 equipamentos entre aeronaves e embarcações. O presidente Lula disse que fez questão de trazer os ministros para o estado, para que assumam o compromisso de ajudar o povo do RS para que se possa minimizar os efeitos das enchentes.

O presidente Lula prestou solidariedade ao povo gaúcho, que segundo ele, é reconhecido nacionalmente, como um povo trabalhador e aos familiares das pessoas que tiveram vítimas fatais e aos desaparecidos, na esperança de que possam ser encontrados com vida. “Quero prestar minha solidariedade ao povo do RS, aos familiares de vítimas que morreram por cota desse evento extremo”.

Da parte do governo federal, Lula disse que não faltará esforços. Falou da preocupação de haver um comando centralizado para que as informações sejam as mais fidedignas possíveis. “O Governo Federal estará 100% com o povo gaúcho, para a gente atender com material humano, com eficiência e com recurso que eu sei que vai ser necessário para que a gente possa reparar os prejuízos. Num primeiro momento, a gente só tem que salvar vidas e cuidar das pessoas. Num segundo momento, a gente vai ter que cuidar de fazer uma avaliação dos danos e a partir daí, começar a pensar onde encontrar o dinheiro para começar a reparar esses danos!”

Lula disse ainda que não faltará ajuda para cuidar da saúde, transporte e alimentos. “Eu quero dizer para vocês que não faltará, da parte do Governo Federal, ajuda para cuidar da saúde, não faltará dinheiro para cuidar da questão do transporte, não vai faltar dinheiro para cuidar da questão dos alimentos. Tudo que estiver ao alcance do Governo Federal, seja através dos ministros, através da sociedade civil ou através dos nossos militares, a gente vai dedicar 24 horas de esforço para que a gente possa atender as necessidades básicas de quem está isolado pelos efeitos da chuva.”

Lula afirmou, ao final de sua manifestação, que como ser humano, vai rezar para que a chuva pare e as pessoas possam voltar para suas casas. “Isso do ponto de vista humano. Como governante vou fazer o que estiver ao alcance do Governo Federal e suas instituições, para que a gente possa dar ao Rio Grande do Sul, ao povo gaúcho e ao povo da região afetada, tranquilidade.” Para o presidente, quando a natureza se rebela, os efeitos são desastrosos.

O ministro da Integração Nacional e Desenvolvimento Regional Waldes Góes disse que a prioridade será a vida das pessoas e concomitantemente o restabelecimento e reconstrução. Quando o governo decreta a emergência, o ministério tem reconhecido e republicado o decreto para diminuir a burocracia, colocando os municípios que forem sendo incluídos. “A sala de situação deve trabalhar concomitante com a ajuda humanitária, ajudando a gente a ser mais amplo na ajuda humanitária. Para isso teremos técnicos e o secretário nacional e o coordenador técnico estarão aqui para agilizar os processos”.

O presidente Lula encerrou a coletiva salientando que “o país voltou a ter fraternidade”. “Eu tenho noção do que é o desespero do ser humano perdendo parente, perdendo a produção. O que nós queremos é não medir esforços para que agente possa garantir que as pessoas voltem a viver dignamente. Esse país voltou a ser humanizadoesse país voltou a conhecer qas palavras fraternidade e solidariedade. Eu nunca me preocupei de perguntar para qualquer prefeito de que partido ele é, para que time ele torce ou que religião ele frequenta. O que eu quero saber é se o povo tem um problema, a obrigação do governo federal é ajudar a solucionar esse problema”.

 

 

 

 

Texto: Claiton Stumpf e Adriano Marcello Santos
Foto: Lucas Leffa | Secom

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