Obras Escolares – Governo do Estado tem um profissional para cada 50 escolas

Obras Escolares – Governo do Estado tem um profissional para cada 50 escolas


Entidade afirma que faltam engenheiros e arquitetos na Secretaria de Obras Públicas

A diretoria da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos da Secretaria de Obras Públicas do Estado (SEASOP) foi convidada a falar na Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, reunida na terça-feira (03/10), sobre o contexto de atuação destes profissionais frente às demandas regulares e ocasionais do serviço público. A reunião foi conduzida pela presidente do Colegiado, deputada Sofia Cavedon.

A falta de profissionais da engenharia e arquitetura para atender um dos grandes gargalos na execução das obras escolares no Estado é alarmante, destaca Sofia Cavedon após o relato da SEASOP que trouxe um número impactante. “São, em média, 50 escolas por profissional. Uma das causas é a baixa remuneração e a ausência de concursos públicos e de carreira atrativa para a área. Nossa Comissão irá propor uma audiência pública para debater o tema e buscar soluções para reverter o problema. Como está não dá para continuar”, enfatizou a deputada.

Conforme o presidente da entidade, Luciano da Fontoura, há uma grande defasagem destes profissionais no serviço público gaúcho. “Somos 269 servidores para atender mais de 2.300 escolas e todas as outras secretarias”, desabafou. Fontoura solicitou que a Secretaria de Obras Públicas (SOP) seja aparelhada e os profissionais valorizados. “Temos uma defasagem salarial de mais de 60% e estamos perdendo engenheiros para a iniciativa privada e outras instituições públicas, como prefeituras. Desde setembro do ano passado, deixaram a SOP 33 profissionais”, contabilizou.

Luciano Fontoura expôs o trabalho desenvolvido por engenheiros e arquitetos dentro da SOP. Ele enfatizou que são incumbências destes profissionais atuar desde os projetos até e, especialmente, na fiscalização das obras. “É um trabalho técnico e social, pois atende demandas das comunidades. A grande demanda são trabalhos nas coberturas prediais, redes elétricas e problemas estruturais”, completou. Também se manifestaram Paulo Roberto Farias e Gisá Barreto, integrantes da SEASOP.

 

Texto:  Marta Resing – 5405 com informações da  Agência de Notícias da ALRS
Foto Celso Bender/ALRS