sexta-feira, 22 novembro

 

A bancada do PT na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul articulou com outras bancadas a Carta em Defesa da Economia Gaúcha. O documento subscrito pelas bancadas do PT, PCdoB, PSol, PDT, União Brasil, PTB, PSD, MDB e PSB será encaminhado ao presidente do Senado, Senador Rodrigo Pacheco. O objetivo é reivindicar posicionamento e atitude do Senado Federal para convocação imediata da atual diretoria do Banco Central, para revisão da insustentável política de juros.

Nessa carta as bancadas assumem a defesa da economia gaúcha. Nela, as bancadas reafirmam pedidos de empresários, diretores de cooperativas, cidadãos gaúchos que repetem todos os dias que “é impossível continuar com uma taxa básica de juros de 13,75%”. Isso porque a diretoria do Banco Central manteve, pela 7ª vez esta taxa, mesmo com uma inflação anual de 3,94%, medida pelo IPCA, índice da inflação oficial no país.

Para as bancadas, a atual política de juros afeta duramente todos os setores da economia. “O Brasil recupera um ambiente positivo a partir das iniciativas do governo federal, se reposiciona positivamente no cenário mundial, o arcabouço fiscal e a reforma tributária avançam. O nosso país retoma o crescimento, reduz a inflação, gera empregos, mas há um elemento que contrasta com toda essa possibilidade de recuperação do nosso país que é essa taxa de juros insustentável. Nada justifica que tenhamos a maior taxa de juros real do mundo neste momento”, afirmou o deputado Miguel Rossetto (PT), que leu a carta em plenário. “Nenhum país do mundo tem uma política monetária dessa natureza”, complementou o deputado Pepe Vargas.

Com juros altos, os investimentos se tornam menos viáveis e, consequentemente, a capacidade de crescimento e inovação das indústrias do estado é comprometida. Com o custo do crédito elevado, as famílias e os consumidores têm menos recursos disponíveis para gastar em produtos e serviços. Isso afeta diretamente a demanda, diminuindo as vendas e atingindo negativamente a economia. A consequência são as falências. “Manter esta taxa de juros é condenar o Rio Grande do Sul e o Brasil ao não crescimento econômico, em um momento que isto é decisivo para a retomada do desenvolvimento necessário para o nosso estado e nossa nação”, diz a carta.

 

Texto: Claiton Stumpf – MTb 9747

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