A semana foi marcada pelo trágico início do fim do IPE-Saúde no Rio Grande do Sul, com a aprovação do Projeto de Lei Complementar 259/2023, que não vai viabilizar a sustentabilidade do instituto nem por dois anos. O alerta é da deputada Stela Farias, que projeta uma verdadeira debandada de servidores de baixos salários do plano de saúde, nos próximos meses.
“Com todo o parcelamento salarial feito no governo Sartori, cujos quatro anos foram de tortura e injustiça, especialmente para as servidoras e servidores mais idosos, até a cobrança da Previdência e agora o aumento de alíquotas sem reposição salarial, não há como, quem recebe menores salários, manter os descontos nos contracheques”. Segundo Stela representantes da Educação e da Segurança Pública, que são as duas maiores categorias de servidores públicos do Estado, já apontam a migração em massa para o Sistema Único de Saúde, o que vai tornar o IPE-Saúde financeiramente insustentável.
A deputada ressalta que a bancada do PT votou contrariamente ao PLC por entender que salvar o IPE Saúde era uma questão estratégica para o Estado, pois ele atende a um milhão de usuários e usuárias e serve como regulador do Sistema de Saúde. “Para nós, a paridade entre Estado e servidores é um pressuposto de qualquer proposta de reestruturação, que deve reforçar o IPE Saúde como um Plano Solidário, no qual quem ganha mais paga mais e quem ganha menos paga menos. O IPE Saúde não pode ser concebido como um plano privado, em hipótese alguma”, disse a deputada.
Na opinião de Stela a intenção de Eduardo Leite nada tem a ver com a recuperação do IPE-Saúde e sim, com sua pretensão política. “Ele está hoje constituindo mais um case apresentar ao mercado, para demonstrar sua capacidade como gestor ultraliberal, porque a ambição dele é chegar a ser presidente da República”.
Texto: Luciane Franco – MTb 7744
Foto: Debora Beina