sexta-feira, 22 novembro

Sete associações e entidades ligadas a Brigada Militar participaram nesta quarta-feira (7) de uma reunião com os deputados Pepe Vargas, Jeferson Fernandes e com a coordenadora geral da bancada do PT, Mari Perusso.
Em pauta os aumentos do IPE Saúde no novo plano de reajustes do Governo do Estado. As entidades buscam apoio da bancada do PT para evitar que a nova proposta passe na Assembleia.
O presidente da Associação de nível médio da brigada militar e corpo de bombeiros, Potiguar Galvan, afirma que, “a proposta é desproporcional, onera principalmente os servidores de baixa renda e não resolve os problemas do IPE Saúde”. Segundo ele, em alguns casos o aumento na parcela vai ser de 115%, prejudicando muitos servidores. Além disso, ele destacou a precariedade no atendimento com falta de médicos em várias regiões do estado, obrigando o deslocamento dos servidores para outras cidades, muitas vezes distante.
Entre as críticas que a bancada do PT aponta na proposta de Leite é que ela rompe com a paridade e a solidariedade e que a recuperação do IPE Saúde é uma questão estratégica, pois o Instituto atende a um milhão de usuários e usuárias e serve como regulador do Sistema de Saúde.
Os deputados destacaram ainda que qualquer proposta de reestruturação deve reforçar o IPE Saúde como um plano solidário, no qual quem ganha mais paga mais e quem ganha menos paga menos.
Para o deputado Pepe Vargas o ponto de partida seria o governo admitir a necessidade de um reajuste salarial para os servidores. Sem isso a proposta do governo não tem sustentabilidade, “Se os salários dos servidores públicos tivessem sido corrigidos com a metade da perda inflacionária destes oito anos, o plano principal do IPE não seria deficitário. Se fosse corrigido pela inflação cheia poderia ter promovido uma melhora nada desprezível da remuneração dos prestadores de serviços, mesmo que tivesse mantido a gestão sofrível e pouco profissionalizada que o caracteriza ao longo deste tempo.
Já o deputado Jeferson Fernandes destacou que “Há uma tática de precarização dos serviços, para provar que não funcionam e, assim, privatizá-los. O Executivo é vocacionado a precarizar tudo, de má fé, para vender. No caso do IPE, quer entregar uma carteira de clientes de mais ou menos 1 milhão de pessoas para agradar o mercado e não o povo gaúcho. ”
Representantes das associações se comprometeram em unir a categoria e reforçar a luta para que a Assembleia não aprove o projeto de Leite.
Participara do encontro a ABANF, ASPRA, ASSTBM, ABERGS, ABAMT, AOFERGS E ASOF, associações que representam todas as categorias ligadas a Brigada Militar.

 

Texto e foto: Vania Lain – (MTE 9902)

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