A Comissão de Economia da Assembleia Legislativa tem protagonizado os recentes desdobramentos do processo de venda da Corsan. O colegiado teve acesso ao conteúdo integral do processo que tramita no Tribunal de Contas do Estado. Porém, os deputados estão impedidos de publicizar as informações pois elas ainda estão sob sigilo decretado pela conselheira-substituta Ana Cristina Moraes, relatora do caso.
A bancada do PT participou, nesta quarta-feira (31/5), da reunião da comissão com cinco deputados: Jeferson Fernandes, Zé Nunes, Miguel Rossetto, Pepe Vargas e o líder Luiz Fernando Mainardi, que começou criticando o fato de ainda haver questões que não são públicas: “como assim nós temos um processo secreto de privatização de uma companhia em um negócio bilionário. Como assim? A sociedade não tem o direito de saber”?
“O sigilo deveria ser mantido até a realização do leilão para dar igualdade de condições para todos concorrentes. Uma vez aberto e decidido, tinham que todos os elementos terem sido tornados públicos”, acrescentou.
Assim como os colegas de bancada, Mainardi defendeu a instalação da CPI da Corsan. “Mais do que nunca, não podemos nos furtar de abrir uma CPI. Não para ser uma CPI do PT, CPI do PL ou de qualquer outro partido. Precisamos de uma CPI para investigar o que tem por trás desse negócio. Quem não estiver disposto a cumprir o seu papel ficará marcado pela omissão e pela covardia”.
Além disso, o líder petista sugeriu ao governador Eduardo Leite que desista da privatização da companhia. “Todas as evidências apontam para algo muito errado. O governador Eduardo Leite está comprometendo a sua história. Ele precisa voltar atrás, aliás, como ele já fez no caso da Corsan, quando disse que não privatizaria a companhia. Voltou atrás e encaminhou a privatização. Agora Leite tem que voltar atrás e interromper a venda”.
Para a instalação da CPI são necessárias 19 assinaturas. PT, PCdoB e PSOL já garantiram 14.
Texto: Assessoria de Imprensa da Bancada do PT
Foto: Debora Beina