sexta-feira, 22 novembro

 

Três meses depois do início das aulas na rede pública estadual,  92,9% das obras em escolas sequer foram iniciadas, apesar de Eduardo Leite anunciar a Educação como eixo central de seu governo. Os dados são do 1° Relatório de Monitoramento das Obras Escolares, apresentado no espaço dos assuntos gerais da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, pela deputada Sofia Cavedon, responsável pela iniciativa.

O levantamento leva em conta as 176 escolas escolhidas pelo Governo Leite como prioritárias para receber obras, outras escolas que ingressaram via o próprio monitoramento no site da Assembleia Legislativa, além de informações colhidas em audiências públicas, ofícios, e-mail e Whatsapp da Comissão. Os dados colhidos são checados e encaminhado a Seduc para conhecimento, correções e atualizações das informações.

Sofia destacou demandas numa amostra de 129 escolas. Do total de 346 demandas, que podem ser mais de uma por escola, apenas cinco foram concluídas, 23 foram iniciadas, faltam 318 que sequer foram iniciadas. Uma parte das demandas, 8,6% diz respeito à segurança, como construção e reforma de muros, cercamento, sistema de videomonitoramento. Problemas elétricos representam 10,9%; construção e reforma de ginásios ou quadras poliesportivas, chegam a mais de 10% e problemas nos telhados somam 7,2% dos problemas colhidos na amostra das 129 escolas. Além da falta de iniciativa, as escolas apontaram que os recursos enviados, via Programa Agiliza, são insuficientes.

A presidenta da Comissão informou que os dados do monitoramento foram protocoladas e encaminhadas ao Governo do Estado, através da Secretaria de Obras. Sofia relatou ainda que há várias situações em que o Estado pode encaminhar parceria com os municípios, que segundo a parlamentar, têm demonstrado interesse e iniciativa em auxiliar.

“O governo poderia fazer em regime de colaboração, para situações em que pode repassar o dinheiro para o município e o município faz a obra. Então, soluções para sair desse gargalo, tem! Nós não queremos só acusar, nós queremos propor. A gente propõe muitas vezes, mas não tem escuta. O prefeito não pode fazer sem um termo de colaboração, senão ele é apontado pelo Tribunal de Contas. Precisa o governo ser pró-ativo!,” cobrou.

 

Texto: Adriano Marcello Santos

Foto: Lua Kliar

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