sexta-feira, 22 novembro
Crédito Mauro Melo

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) está reunido para discutir o índice da taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. O presidente Lula tem insistido que a redução da taxa de juros é uma questão chave para o país retomar um novo ciclo de desenvolvimento. Em entrevista ao portal Brasil 247, Lula deu o aviso: “eu vou continuar batendo, eu vou continuar tentando brigar para que a gente possa reduzir a taxa de juros, para que a economia possa ter investimento”.

Em um evento no BNDES, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a inflação no Brasil está sob controle e que, por este motivo, o BC pode reduzir a taxa Selic. “Nossa inflação está mais controlada do que no resto do mundo e nossa taxa de juros está exageradamente elevada, o que significa espaço para cortes, no momento em que a economia brasileira pode e deve decolar”.

Os deputados estaduais do PT Luiz Fernando Mainardi e Pepe Vargas têm abordado o tema frequentemente. Para Pepe Vargas, uma taxa de juros razoável é condição indispensável para normalidade econômica. “Sem isso, investimentos perderão para aplicações financeiras e as remunerações do trabalho e produção perderão para a especulação”, afirmou o parlamentar, recentemente, em sua conta no Twitter.

Já o deputado Mainardi, líder da bancada, ressalta que a redução da Selic conta com o apoio de diversos economistas. “O presidente Lula tem razão em criticar a manutenção da maior taxa de juros do mundo pelo BC brasileiro. Agora, recebe apoio de importantes formuladores de teoria e políticas econômicas”.

O economista estadunidense Joseph Stiglitz, ganhador do prêmio Nobel de Economia de 2001, que também participou do evento organizado pelo BNDES, disse que a taxa de juros no Brasil é chocante e equivale a pena de morte. “Não é o momento para austeridade fiscal, mas de aumento dos investimentos públicos. Juro alto é um dos impedimentos ao investimento público porque o financiamento está indo para o pagamento de juros em vez de infraestrutura, saneamento, habitação, energia verde ou outros investimentos públicos de alta prioridade”.

O Copom vai anunciar a decisão sobre a taxa Selic no início da noite de quarta-feira.

Fonte: Comunicação da Bancada do PT na ALERGS

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