sexta-feira, 22 novembro
Foto Mauro Mello

A Comissão de Representação Externa, presidida pelo deputado estadual Zé Nunes (PT), que trata da Estiagem da Assembleia Legislativa realizou sua primeira reunião nesta terça-feira (7). “Vamos trabalhar para apresentar um conjunto de elementos factíveis, que contribuam para uma política permanente, incorporada em todos setores políticos, e que perpasse os governos, com resultados efetivos”, explicou o parlamentar.

Foi apresentada e aprovada proposta de trabalho, discutida a elaboração de roteiro para oitivas com representantes de entidades ligadas ao tema, realização de audiência pública, e reunião com governo do Estado. “Faremos um conjunto de atividades, distribuídas entre os parlamentares e integrantes da comissão, fechando com uma audiência pública para sintetizar esses diálogos”, disse.

A Comissão tem duração de 30 dias e tem o objetivo de acompanhar os impactos gerados pelo longo período de estiagem no Rio Grande do Sul, e sugerir alternativas capazes de amenizar as perdas ambientais, sociais e econômicas advindas. Em 1º de março de 2023 a Defesa Civil contabilizou 360 municípios em situação de emergência por estiagem. Estiveram presentes os deputados Capitão Martin (Republicanos), professor Bonatto (PSDB), e a deputada Silvana Covatti (PP).

EMATER
A Emater RS apresentou na manhã desta terça-feira (7), na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, um retrato dos danos causados pela estiagem no RS. Os dados apresentados ainda não são oficiais porque a colheita do ciclo ainda não foi finalizada, porém já foi antecipada a quebra de 41% no milho e 31% na soja.

Na cultura da soja a produção está estimada em 14,1 milhões de toneladas, com produtividade de 2,1 mil quilos por hectare. Por conta das diferenças na distribuição de chuvas pelo RS existe uma maior produção e grãos em algumas regiões e noutras não. A produção total aponta para queda de 31,1%, e produtividade 30,5% menor.

Já, a cultura de milho, sofreu os maiores danos pela falta de chuva com projeção de quebra de 39,49% em produtividade e de 41,05% em produção, somando 3,5 milhões de toneladas. No milho silagem, usado especialmente na alimentação dos animais, a quebra é de 40,51%.

Texto: Marcela Santos (MTE 11679)

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